sábado, 31 de outubro de 2015

A reforma Protestante 498 anos. Será que precisamos de outro Lutero?

Hoje 31 de outubro de 2015, comemoram-se os 498 anos da Reforma Protestante. Tudo teve início quando Martinho Lutero colocou na porta da catedral de Wittenberg as noventa e cinco teses. Teses essas que dariam origem ao cristianismo protestante.
O ato tinha o intuito de trazer à luz as verdades bíblicas, pois as mesmas naquela época estavam sendo deturpadas pela Igreja Católica, que vendia indulgências em troca da salvação das almas.

 Lutero se indignou, e através do estudo minucioso da Palavra descobriu que a Igreja Católica estava longe da pureza que continha os ensinamentos da Igreja Primitiva. Após esses quase quinhentos anos de existência, podemos notar que a pureza que continha os ensinamentos da igreja primitiva, não está sendo guardada somente pela Igreja Católica. Se olharmos atentamente, observaremos que algumas que se intitulam “protestantes”, também deixaram de lado, há muito tempo tais práticas. 
A Reforma tinha como objetivo trazer de volta à igreja, as doutrinas chaves, tendo somente as Escrituras como autoridade e suficiência; somente a suficiência e exclusividade de Cristo; somente a graça, única causa eficiente da salvação; somente a fé, ou a exclusividade da fé como meio da justificação,  e glória, somente a Deus. Esse é o resumo das cinco Solas de Lutero: Sola Scriptura, Solus Christus, Sola Gratia, Sola Fide, e Soli Deo Glória.
Apesar de algumas igrejas terem se esquecido disso, é um dia que deve ser lembrado e comemorado pelos verdadeiros cristãos que ainda estão tentando viver pela fé, pela graça, tendo Jesus como seu único e suficiente Salvador, lendo diariamente, e colocando em prática os ensinamentos da Bíblia Sagrada e glorificando somente a Deus.
Que possamos nos voltar novamente para esses sagrados ensinamentos, e promovermos também em nós todos os dias, uma Reforma completa para que sejamos sempre dignos do sacrifício de Jesus na cruz do calvário.
Honra e glória somente a ti, Senhor!
Soli Deo Gloria!


terça-feira, 27 de outubro de 2015

Quando as máscaras caem. (Continuação do texto: Aconteceram coisas tristes, mas estou de volta)

Olhando pela janela do local que escrevo, observo à tarde que se vai. O céu está carregado de nuvens escuras, e avisa a minha mente consciente que o dia está acabando. Por entre algumas nuvens consigo enxergar os últimos raios de sol e vejo que por trás delas o céu está lindo, claro e até colorido, bem diferente do que consigo ver mais amplamente. Reporto-me aos últimos meses e consigo me lembrar dos momentos de angústia e tristeza que passei, dos momentos que me sentia sem chão e que parecia que tudo acabaria. Refiro-me aos momentos em que minha querida mãezinha estava hospitalizada. Nesse período aprendemos algumas lições que ficarão para o resto de nossas vidas, principalmente com aqueles que deveriam ajudar, mas que se eximiram disso. Preferiram continuar levando suas vidas da mesma forma que levavam antes. Tudo continuou igual, exceto porque algum dia da semana precisavam se deslocar a um hospital para visitar um familiar doente. Nunca se predispuseram a sair de suas zonas de conforto, nem para proferir uma oração ou palavras de carinho em benefício do enfermo.
Novamente olhando pela janela, observo o sol que se esconde por entre as nuvens e meu coração se alegra com algumas pessoas que o tempo inteiro ajudaram. Doaram seu tempo, carinho, palavras de esperança, ânimo e acima de tudo amor. Abandonaram o trabalho e a família para colocar em prática a bondade. Participaram dos momentos difíceis, como cirurgias, exames, curativos, sempre dando ânimo ao que estava sofrendo, como também estiveram presentes nos momentos de vitórias em que a esperança retornava aos nossos corações. 

 Conheci as mais diversas desculpas tais como o uso de subterfúgios para deixar toda responsabilidade sobre as costas de outros. Apesar de algumas serem cristãs, não demonstraram nenhuma vontade de ajudar, mesmo sendo o enfermo de sua própria família, numa atitude totalmente anticristã É lamentável, e serviu de aprendizado, passamos a conhecer mais essas pessoas. Nessas horas conhecemos a mentira, as lamúrias, as chantagens, a má vontade, e como consequência disso tudo, as máscaras caem. Conhecemos a todos, descobrimos os que estavam dispostos a ajudar e os que não quiseram ajudar na “cara dura”. Mas, o Senhor é fiel e a tudo viu e só a Ele cabe o julgamento. Gostaria de agradecer a todos os que ajudaram os que visitaram minha mãe no hospital, os que oraram por ela, os que de alguma forma a alegraram com sua presença. Sabemos que os horários eram restritos, mas mesmo assim os que a amavam verdadeiramente estavam sempre presentes, nos apoiando e falando palavras de carinho e afeto. Valeu! Obrigada mesmo! Que o Senhor os recompense com abundância de bênçãos.

“E, disse Jesus: encontrando-me enfermo e aprisionado, não fostes visitar-me, tive sede e não me destes de beber”. Mt 25.42-43. Isso é o que deve fazer o verdadeiro cristão. Visitar, ajudar, apoiar, orar, pois se assim não o fizermos, corremos o risco de ouvir: “Sendo assim esses irão para o sofrimento eterno, porém os justos para a vida eterna”. Mt 25-46.
Nesse exato momento, o sol se põe completamente, dando lugar à escuridão da noite, e peço ao Senhor que também cuide dos que se eximiram de toda e qualquer ajuda, mesmo podendo fazê-lo, pois só Ele poderá julgá-los. Tudo o que vivemos na vida serve de aprendizado, e em situações como essas é que vemos quem realmente tem valor como ser humano.
Que o Senhor nos abençoe a todos!
Honra e glória somente a ti, Senhor!

sábado, 24 de outubro de 2015

Aconteceram coisas tristes. Mas, estou de volta.

Olá leitores do blog Teologia Prática! Desde o dia 24 de junho que não posto nenhum texto. O motivo desse, é explicar os últimos acontecimentos que me levaram a parar de escrever durante esses quatro meses. Logo no início de julho minha mãe passou por um grave problema de saúde e durante precisamente sessenta e seis dias lutou pela vida com muita garra e fé. Minha mãe foi diagnosticada com um apêndice inflamado e submetida a uma cirurgia para retirada do mesmo. Os médicos diziam que apesar da idade dela, oitenta e um anos, tudo correria bem, pois seria uma cirurgia de pequeno porte. A anestesia seria raquidiana e ela estaria no quarto tão logo se recuperasse do efeito anestésico. Mas, apesar de terem dito isso, o quadro não era bem esse. Minha mãe além do apêndice que já havia se rompido, tinha necrose nos intestinos. Retiraram grande parte do mesmo, após terem revertido à anestesia para geral e ela ficou em estado muito grave. Recuperou-se aos poucos dessa intervenção, mas depois, foram preciso mais três.
No prazo de dois meses, ela esteve entre a vida e a morte por quatro vezes. Eu vivi todos esses dias muito assustada, e angustiada, visitando-a na UTI por até três vezes ao dia. Foram dias difíceis, que abalaram a todos os familiares, principalmente a mim que estava mais próxima. O abalo foi físico, emocional e espiritual. Foram dias de muita oração. Minha mãe era uma mulher de Deus, temente ao Criador de todas as coisas, uma mulher de oração. Tinha um coração enorme, ajudava a todos e tinha muita fé em Deus. Aguentou firme e calada por todos os dias, as picadas de injeção, sessões de hemodiálise diárias, transfusões de sangue, quatro anestesias geral, diversos exames diários, e traqueostomia. Em nenhum momento se queixou ou murmurou. Muitas pessoas estiveram orando por ela. Foram montados relógios de oração, igrejas inteiras orando por sua cura. Mas, o Senhor é soberano em tudo o que executa e achou por bem levá-la para perto de Si. Depois de um pouco mais de dois meses, minha mãe guerreira partiu para morar com o Senhor. Mas o que aprendemos com tudo isso? Que a vontade de Deus é soberana e que quando chega à hora, Ele não volta atrás. Hoje revendo tudo em detalhes ainda me emociono, porém me sinto conformada e confortada porque sei que ela, com toda certeza está junto de Deus e que um dia nos encontraremos para vivenciarmos da presença do Senhor.
 Agora já um pouco mais fortalecida espero que Deus continue a me capacitar para que eu possa retornar ao blog, para que mais pessoas possam conhecer a Sua Palavra.



Obrigada Senhor, por tê-la escolhido para ser minha mãe e por ter me capacitado para cuidá-la até que partisse para viver ao Seu lado.
            Honra e glória somente a ti, Senhor!



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