sábado, 28 de novembro de 2015

Saudades de um passado que passou, e pelo jeito não volta mais.

Lembro-me com saudade dos tempos em que éramos patriotas. Quando era pequena, estudava em escolas do governo, escolas públicas e as mesmas eram limpas, asseadas, as carteiras em que sentávamos eram limpas e não tinham nada escrito nelas, nenhum arranhão. O lixo era jogado no lugar certo e se caísse algo no chão, precisávamos pegar e descartar corretamente. A merenda era deliciosa e todos almoçavam e lanchavam na escola. Os professores eram alegres, solícitos e não apanhavam dos alunos. Os pais ouviam o que eles falavam sobre nosso comportamento e também sobre o nosso aprendizado. Não criticavam os professores por nossas notas baixas e se comprometiam a nos ajudar em casa com os deveres e a estudar para as futuras provas. Pedíamos licença para falar, levantar, levantávamos a mão para solicitar alguma coisa ao professor, não podíamos sair da sala sem um motivo muito justo e sem a permissão do professor, tínhamos que nos levantar e saudar quem visitava a escola e entrava em nossa sala.
Cumprimentávamos os funcionários da limpeza, serventes, auxiliares, como também os diretores e os professores. Ajudávamos os colegas em suas dificuldades diárias com as matérias mais difíceis. Participávamos dos diversos campeonatos e festas que a escola promovia. Tudo com carinho e boa vontade. Desfilávamos nas comemorações do dia da independência do Brasil com patriotismo e apreço. Orgulhávamos-nos de nossas escolas. E, toda segunda feira, formávamos fila para cantar o Hino Nacional Brasileiro, símbolo do nosso Brasil.
            “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas, de um povo heroico o brado retumbante... Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada Brasil!”.

            E o que temos para hoje? O inverso de tudo isso! Escolas depredadas, sujas, pichadas, alunos desobedientes, arrogantes e agressivos com os professores e com os colegas. Andam armados dentro das escolas. Fumam e se drogam nos pátios das mesmas. Pais que não dão razão aos professores e não ajudam os filhos em suas dificuldades. Transferem para a escola e os professores a missão de educar os filhos, quando boas maneiras deveriam ser aprendidas em casa. Os alunos agridem os professores e até tentam feri-los com facas. Hino Nacional Brasileiro? Ele existe? Não se canta mais. Acabou o patriotismo. Pedir licença para falar? Para sair? O que será que significa isso? Lamentável!
            Sinto falta disso. De um país ordeiro e que progride. Onde há ordem há progresso. E, o que está acontecendo com o nosso país é justamente ao contrário do que está escrito em nossa Bandeira Nacional. “Ordem e Progresso”!
            Que o Senhor nos ajude a que possamos novamente voltar a ser um país ordeiro e que progride, para que os filhos desse solo gentil possam novamente dizer orgulhosos: Ó Pátria amada, idolatrada, Salve! Salve! E, que o gigante pela própria natureza, belo, forte, impávido (sem medo), volte a ter um futuro que espelha essa grandeza.
            Honra e glória somente a ti, Senhor!

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Bem-aventurados os humildes! A felicidade não está nos bens materiais.

Dia desses, numa dessas manhãs super quentes de Brasília, assisti uma cena que me chamou a atenção. Eu passava por um cruzamento bem movimentado, e parada em uma sinaleira observava, primeiro a bela manhã que Deus estava me proporcionando, depois as árvores ao redor do local, as plantas, pássaros e também as muitas nuvens que se formavam prenunciando um baita temporal, típico da época que estamos vivendo na região Centro Oeste.

            Em seguida, observei uma senhora e o cuidado com que arrumava alguns produtos pra venda na sinaleira. Água mineral, salgadinhos e havia mais alguma coisa que não pude ver muito bem. Mas, um detalhe me chamou a atenção. Ela arrumava tudo com tanto cuidado, perto dela, tinha uma cadeira velha quebrada, onde ela colocava as coisas, latas, marmita com almoço, copo de lata, objetos que nós jamais nos importaríamos. Em seguida ela saiu para a venda. Deixou seus pertences no local e saiu para longe deles. Ela olhava toda hora para os seus objetos, talvez com medo de que alguém mexesse. Para ela eram tesouros. Ela precisava de tudo. A cadeira quebrada para colocar os artigos para a venda. Do copo de lata para poder toma água e matar a sua sede. Da marmita com seu alimento, pois já estava quase na hora do almoço. Como já disse acima, objetos que não daríamos o mínimo valor, mas que para aquela senhora significava a manutenção de sua própria vida. 

Fiquei super pensativa com tudo o que vi. Hoje, troca-se o celular todo ano, isso se não for de seis em seis meses. Quando a tecnologia muda, os maníacos por apetrechos caros, logo pensam em trocar o seu “velho”, por um mais “moderno”. E, o pior, tenha dinheiro ou não. Endividam-se por qualquer tecnologia nova. Viciam-se em celulares, tablets novos, TVs imensas e caríssimas, computadores de última geração, tudo em nome de ter algo mais moderno, e muitas vezes só porque o amigo ou o vizinho tem. Isso sem falar em outras coisas, como roupas, calçados, eletrodomésticos, etc. 
O que mais me chamou a atenção naquela senhora trabalhadora de “carro em carro”, de “sol a sol”, foi o cuidado com seus objetos, tão simples, que provavelmente ninguém olharia. Mas, era tudo o que ela tinha. E, o mais bonito, ela tinha um semblante tranquilo, alegre, mesmo tendo que trabalhar tão duro, debaixo de um sol causticante e de uma seca impiedosa. “E disse o Senhor, o Deus de Israel: Os humildes herdarão a terra e se deleitarão na plenitude da paz”. Sl 37-1. Os mais abastados por muito pouco reclamam da vida o tempo inteiro, reclamam de tudo, sem nenhuma necessidade para murmuração. “E, disse Jesus: Bem-aventurados os humildes, porque herdarão a terra”. Mt. 5-5.
Infelizmente os valores estão trocados. Ninguém mais valoriza o que deve ser realmente valorizado. O ter sempre vem antes do ser.
            Que o Senhor tenha misericórdia de nós, e nos ajude a que possamos também herdar a terra e nos deleitarmos na plenitude da paz.
            Honra e glória somente a ti, Senhor!



quarta-feira, 11 de novembro de 2015

A quem você serve: A Deus ou ao dinheiro?

Jesus Cristo em sua infinita sabedoria no Evangelho de Lucas no capítulo 16 diz: “Nenhum servo pode devotar-se a dois senhores; pois odiará um e amará outro, ou dedicar-se-á a um e desprezará ao outro. Jamais podereis servir a Deus e ao dinheiro”. Lc 16-13


Podemos nos dedicar de todo coração a um ou a outro, porém nunca aos dois. Como a própria Palavra diz, terminaremos amando muito mais a um do que ao outro. E, muita vezes a verdadeira paixão pende para o lado do dinheiro. Não estamos falando em não cristãos. Estamos falando dos “ditos” cristãos que colocam o dinheiro em primeiro lugar em suas vidas e ainda se acham certos. O Apóstolo Paulo em sua primeira
carta a Timóteo diz: “Porquanto, o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males, e por causa dessa cobiça, alguns se desviaram da fé e se atormentaram em meio a muitos sofrimentos”. I Tm 6-10.
Paulo estava corretíssimo! Verdadeiramente o amor ao dinheiro é a raiz de muitos males levando ao erro muitos que se dizem cristãos. Essas pessoas agem como os ladrões, sequestradores, que roubam a paz de seus familiares por causa do vil metal. Entendemos que os criminosos praticam esses atos abomináveis, porém é inadmissível que pessoas de bem possam estar cometendo tais atos.
O dinheiro transforma essas pessoas, que na medida em que a sede por ele aumenta, agem de má fé, sequestram a paz do familiar, os chantageiam invocando doenças muitas vezes inexistentes deles próprios e de seus familiares. É uma verdadeira tortura psicológica com o familiar que detém a posse do dinheiro. É um desvio total da fé e dos bons princípios, o que causa sérios tormentos para eles próprios, quanto para os familiares mais próximos. E, sem falar que os criminosos são punidos com a lei e esses outros “criminosos” não são punidos, pois tortura psicológica, porque muitas vezes não são presenciadas, não são punidas.
O Senhor indica o caminho certo a seguir, e deixa claro que a cobiça leva a todos os tipos de males: problemas no casamento, roubo e outros tipos de crimes, destruição de relacionamentos, brigas entre familiares e o sequestro da paz de todos e a deformação do caráter daquele que se diz cristão. O dinheiro em si não é um problema, mas o amor a ele sim. A ganância e o materialismo podem cegar o cristão a ponto de ele se distanciar de sua fé, e uma vida centrada em coisas materiais produz somente dor.
Paulo ordena que fujamos do materialismo, diz que se quisermos obter os frutos de uma vida controlada pelo Espírito devemos fugir dos objetivos puramente materiais e buscar a fé, a piedade e a justiça, que são qualidades do caráter do verdadeiro cristão. 
O que escolhemos? Vida controlada pelo Espírito, ou objetivos puramente materialistas, colocando o dinheiro à frente de tudo? A quem de fato amamos, a Deus ou ao dinheiro? A escolha é nossa.
Honra e glória somente a ti, Senhor!




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