Um dia desses, ouvindo músicas natalinas, fui
transportada ao tempo em que quando era criança eu aguardava com ansiedade que
dezembro chegasse. Era muito emocionante esperar por presentes, a montagem da
árvore de natal, as comidas deliciosas que iriam compor a mesa. Enfim, era tudo
alegria em meu coração de criança. Para mim, ninguém adoecia nem morria nesses
dias. Mas, eu sabia o que realmente seria comemorado: o nascimento de Jesus, e
isso me alegrava. Sempre amei o mês de dezembro.
Hoje, já adulta, e bem adulta, diga-se de passagem, comecei a observar o
outro lado do mês de dezembro. Percebi que é um mês em que devemos praticar o
que Jesus diz em Sua Palavra: “Vigiai e orai, para não cairdes em
tentação. O espírito, com certeza, está preparado, mas a carne é fraca”. Mt
26-41.
Jesus
estava se referindo a batalha que enfrentaria. Dirigiu-se ao Getsêmani para
orar e pediu que os discípulos orassem com Ele. Os discípulos dormiram e não
vigiaram com o Mestre nem por uma hora. Nossa batalha não tem nada a ver com a
que Jesus enfrentou. Nada nesse mundo pode se assemelhar ao que Ele padeceu.
Mas, esse alerta serve para nós, nesses dias de festas de natal e ano novo.
Por deixarmos que nossa fraca carne se
sobreponha ao espírito, nessa época, gastamos mais do que temos e ficamos
endividados, bebemos muito mais do que nosso fígado pode suportar, nos
estressamos ao ponto máximo, para atender a todos os detalhes das festas que
virão. Na verdade, não é essa a comemoração que Cristo esperava de nós. O
nascimento d’Ele foi algo magnífico, porém de uma simplicidade gigantesca. A
primeira cama em que Cristo dormiu foi uma manjedoura, uma espécie de tabuleiro
onde se colocavam a comida dos animais, dentro de uma estrebaria, local onde se
guardavam animais e seus pertences. Não existe simplicidade maior.
Devemos vigiar e orar sempre, porém é nessa mesma época em que estamos
alegres e felizes que abrimos nossa guarda ao inimigo de nossas almas. O que
anda ao redor de nós, procurando nos aniquilar. Ele deseja destruir a alegria
de nosso coração, a nossa felicidade. É também nessa mesma época que as pessoas
mais ingerem bebidas alcoólicas e cometem os atos mais bárbaros, tudo em nome
das festividades e dos recessos a que fazem jus. Esquecemos-nos de verdadeiramente
comemorarmos o nascimento de Cristo Jesus, aquele que não tinha onde recostar
sua cabeça: “E disse Jesus: As raposas têm suas tocas, e as aves do céu
têm seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde repousar a cabeça”. Mt
8-20.
Que
possamos verdadeiramente, comemorar o nascimento de nosso Salvador e Senhor
Jesus Cristo, com alegria, amor e simplicidade o que com certeza O alegrará,
porém nunca nos esquecendo de suas recomendações: Vigiar e orar, fortalecendo o
espírito em detrimento da carne, através da oração.
Honra e glória somente a ti, Senhor!
Excelente texto tia Sheila, essa é a verdadeira essência do natal, a que temos que resgatar mesmo não sendo fácil, a luta é constante, e a vitória certa!
ResponderExcluirComo diz o meu velho "Olho vivo e metralhadora na mão"
Um beijo!