No
tempo do Antigo Testamento, Moisés e Josué foram admoestados a retirarem os
calçados dos pés para se aproximar do Deus Todo poderoso. No caso de Josué,
Deus enviou um comandante do Seu Exército para lhe falar, e no caso de Moisés o
próprio Deus apareceu a ele em meio a uma folhagem, um espinheiro que queimava
e não se consumia. Disse O Senhor: “Não
te chegues para cá; tira os sapatos (sandálias) de teus pés; porque o lugar em
que tu estás é terra santa”. Ex 3-5. A
sarça que queimava, representava um extraordinário sinal, principalmente porque
o arbusto não era consumido pelo fogo. Ela simbolizava a presença de Deus,
conforme está escrito na carta aos hebreus: “Porque
o nosso Deus é fogo consumidor!” Hb
12-29.
Hoje,
no tempo da Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, vemos cristãos repreendendo
pessoas que ainda não conhecem a Cristo, ou até mesmo aquelas que já O
conheceram e que andaram com Cristo, mas que por algum motivo estão afastadas
do Senhor, a não pisarem os pés em suas casas, alegando que ela é território
santo. Realmente deveria ser solo sagrado, uma vez que aceitaram Jesus e começaram
a segui-Lo. Usam essa mesma Palavra como exemplo para mostrarem que suas casas
são a morada de Deus. Muitas vezes não é isso o que vemos. De território santo
não tem nada. Dentro delas moram pessoas vazias, materialistas, e do mundo. O
casal não se respeita, os filhos não respeitam os pais, nesse lar há contendas,
divisões entre os próprios familiares. Irmãos que não falam com irmãos, os pais
discutem e falam mal da vida alheia abertamente, proclamam julgamentos sem
nenhuma piedade ou conhecimento de causa, aceitam filhos e filhas vivendo sem a
bênção do casamento dentro de casa. Enfim, uma desordem!
Aí
perguntamos: Por que acham que a sua casa é território santo, humilhando quem
não conhece a Jesus, ou possua algum pecado? Quem somos nós para apontar o dedo
para julgar quem quer que seja? Jesus nos incentiva a vestir, alimentar e matar
a sede de nosso irmão. Orienta-nos a colocá-los no caminho de retidão e a
sermos generosos, mas não diz que devemos escolhê-las e separá-las. Para isso
elas precisam ver Jesus em nós, e não receber críticas ou rebaixamentos que as
inferiorizem.
Mesmo
que o nosso solo fosse realmente sagrado, livre de qualquer pecado, o que para
nós pecadores é impossível, deveríamos tratar o nosso irmão com carinho e amor.
É isso o que Jesus deseja que façamos. Muitas vezes as sandálias de nosso irmão
estão muito mais limpas do que o “solo sagrado” de quem se gaba de tal coisa.
O
lugar onde o Senhor apareceu a Moisés se tornou um lugar sagrado, separado e
diferenciado por causa da presença divina. Assim deveriam ser nossas casas após
o nosso novo nascimento. Lugar separado e totalmente diferenciado dos outros,
onde todos pudessem ser acolhidos com amor.
Portanto,
quando qualquer irmão bater à sua porta, mande-o entrar, ofereça água para
beber, lavar as mãos, se refrescar. Ofereça um alimento e diga: Você é
bem-vindo em minha casa, onde o Senhor habita. Junte-se a nós nessa caminhada,
creia em Jesus e em sua vida fluirão rios de água viva. Jo 7-38. É disso que
nossos irmãos precisam, ver Jesus em nós.
Honra
e glória somente a ti, Senhor!
Nenhum comentário:
Postar um comentário