segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A igreja de hoje comparada à igreja primitiva

O que será que existe de semelhante entre a igreja primitiva e a igreja atual? Absolutamente nada. Já começamos com os prédios. As igrejas antigas eram simples, e as de hoje quanto mais luxo melhor. Na igreja primitiva as pessoas se ajudavam, reuniam-se diariamente, partiam o pão em suas casas e juntos, com os irmãos. (“E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações”), At.2-42.
Participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração. At.2-46. Respeitavam-se mutuamente, eram simples, não eram autoritários, andavam sempre em retidão, pois já esperavam a vinda iminente do Senhor Jesus, e para isso queriam estar preparados. 
Existia respeito entre pais e filhos. Quando um pai decidia receber a Cristo e ser batizado, ele era seguido pelos seus filhos em sua decisão. Todos tinham o dever de treinar grupos e conduzi-los à comunhão com os outros cristãos. Repartiam os bens entre todos, segundo a necessidade de cada um. Quando havia alguma carência física ou espiritual, a igreja se organizava para que o problema fosse resolvido. Eram incentivados a orarem uns pelos outros. Eles estavam sempre prontos e dispostos a falar com Deus, em nome de Jesus em qualquer circunstância.
          E nós estamos dispostos a orar por algum irmão necessitado a qualquer hora? Acho que hoje em dia, nem os pastores fariam tal proeza.

Eles perseveravam no ensino dos apóstolos, e na alma de cada pessoa havia pleno temor, (que é um estado de adoração contínua) pela presença majestosa de Deus operando milagres e maravilhas no meio deles e entre a multidão que ia se convertendo pelo Espírito Santo. Tais atos eram um testemunho poderoso em Jerusalém e em muitas outras partes. A igreja não permitia que a ninguém faltasse o necessário para viverem. Todas as colaborações eram voluntárias e generosas, acompanhadas de muita oração e manifestações de louvor e satisfação.
          Para eles, o mais importante era estar bem com os seus semelhantes, e poderem estar juntos com seus irmãos de fé. Faziam cultos nos lares das pessoas, não havia hora nem local determinado, não possuíam locais fixos para adoração. Quando era à hora, eles simplesmente se reuniam e comungavam do Espírito de Deus. Eles trabalhavam despreocupados de terem um local próprio. Para eles a igreja existia pelo que seus membros faziam e pensavam, não pela posse de bens materiais. 
Como vemos, aquela igreja não tem nada a ver com as igrejas de hoje. A grande maioria deseja crescer tanto, que não mais conhece seus membros. Eles não passam de números de inscrição em seus computadores, ou às vezes, existe alguma anotação quanto ao dízimo ofertado pelo membro.
As ovelhas são apenas participantes alheias daquele aprisco, pois para chegar perto do pastor existe uma enorme barreira. Hoje, vemos crentes tristes, introvertidos, com problemas materiais e espirituais que não conseguem compartilhar com ninguém. A alegria deve ser o estado de ânimo do crente, não apenas uma euforia momentânea ou eventual, pois isso é próprio dos que não depositam sua fé e até a própria vida aos cuidados do Senhor. Todas essas coisas, são frutos do Espírito Santo. E o que será que a igreja tem ensinado a seus membros acerca do Espírito Santo? Algumas dizem que o Espírito Santo só existiu no Pentecostes no tempo dos Atos dos Apóstolos, outros que você deve buscar sempre, sem ensinar como buscá-Lo verdadeiramente.
          A igreja de hoje para tentar se equiparar a igreja primitiva, teria primeiramente que abdicar de toda a sua soberba, egoísmo, superioridade, exclusão, preconceito, e outros tantos adjetivos próprios de quem possui o ego muito inchado. Nada há de semelhante à verdadeira igreja de Jesus Cristo. Hoje é cada um por si, e a grande maioria pratica a “lei de Gerson”. Querem levar vantagem em tudo, fazendo com a igreja e seus superiores uma eterna barganha para obterem cargos dentro da instituição. Por mais que tentemos imitar a igreja do início do Cristianismo, nada poderá ser feito se antes não tivermos a plenitude do Espírito Santo, para que o homem saia do pecado e do erro.
A igreja de hoje precisa se lembrar que só Jesus Cristo é o líder, em detrimento da liderança humana. Jesus é o centro, e a autoridade única na igreja. Só dessa maneira voltaremos a vivenciar a verdadeira teologia, expressa no Novo Testamento.
“E conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus.” Ef. 3-19.
          Honra e glória somente a ti, Senhor!







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