domingo, 1 de abril de 2012

O autismo e a conscientização de todos.

A todos com quem convivi e convivo: Luisa, Werner, Raquel, Camilo, Rômulo Diego (meu querido sobrinho) e Aninha a florzinha que o Senhor recolheu (in memorian) o meu muito obrigada por todo aprendizado que me proporcionaram. Deus os abençoe.


Dia 02 de abril será comemorado o dia mundial pela conscientização do autismo. Como diz o velho ditado: “antes tarde do que nunca”. Até algum tempo atrás essa síndrome era desconhecida para quase toda a população. Só não, para os familiares que lutam pelo reconhecimento da inclusão do autista no mundo dito “normal”.
Tive a oportunidade de trabalhar com algumas pessoas portadoras do autismo, e quero afirmar que o que vivemos por três anos foi uma profunda troca de experiências. Eu os ajudei em suas necessidades, e eles me ajudaram a ver o mundo por outro ângulo. Verdadeiramente, aprendi muito com eles. São pessoas sensíveis, que gostam de acolhimento. Posso dizer com certeza que eles não são incapazes como alguns rotulam. 
Ninguém é totalmente deficiente, nem eficiente. Todos nós podemos oferecer, ou não, algo aos outros. Eu diria que eles possuem capacidades diferentes, e sabemos que existem espécies de flores diferentes. Algumas são grandes, outras pequenas, umas são vermelhas, outras brancas, amarelas, lilás, rosa, enfim, nenhuma flor é igual a outra nem na cor nem no formato, e nem por isso, chamamos as menores, e menos perfumadas de “deficientes”. Assim, é também com os seres humanos. Uns possuem mais capacidades do que os outros e de alguma maneira, todos somos necessários em algum aspecto da vida.  Elas só precisam que compreendamos os seus déficits, e também de ajuda e compreensão. 
No grupo que trabalhei ensinávamos a Palavra de Deus a eles, e tínhamos a resposta de nosso trabalho. É verdade que havia dias que eles não estavam muito a fim de aprender nada, mas quem não os tem? Nós também muitas vezes levantamos e, só temos vontade de descansar, e não queremos participar de nada. Isso é plenamente normal. 
De algum modo, todos somos pessoas com deficiências e se não reconhecemos isso, esse é o nosso maior erro. Existem deficiências que podemos ver e reconhecer, o que muitas vezes nos causa compaixão, porém existem outros tipos de ordem psicológicas e espirituais que deveríamos levar muito mais em conta. Certas pessoas ditas “normais” estão incapacitadas por uma paralisia espiritual que não as deixam chegar perto do Senhor o que, se caso conseguissem lhes libertaria de toda incapacidade. Nesses casos como em todo caso de deficiência, só mesmo o Senhor para nos ajudar, pois para Ele nada é impossível e tudo é possível ao que crê. “Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus.” Mt 5-8. É assim que são os autistas, limpos de coração. E como diz a Palavra eles verão a Deus.
Perceberam a importância de não rotularmos ninguém de deficientes, especiais, ou incapazes? Deles é o reino e Eles verão a Deus. Toda pessoa que convive com os limpos de coração, com certeza estarão, e viverão no coração de Deus, receberão sempre um abraço amoroso do Pai e a proteção dos anjos do Senhor.
Graças a Deus, que o governo está dando mais atenção aos portadores do autismo, pessoas, até então totalmente excluídas da sociedade. “A nossa sociedade tem abundância de cimento, mas faltam-lhe pétalas de rosa. Sobra-lhe cérebro e falta-lhe coração” (Martinez, 2015 – pg 25). Que bom que isso está mudando. Sinal que ainda podemos crer na sociedade e no governo.
“Mais triste que ser pessoas com algumas deficiências físicas ou psicológicas, é não ter estrelas no coração e ser deficientes para amar, para discernir e abraçar a verdade.” (Martinez, 2005- pag. 64).  Todos somos responsáveis pelas pessoas especiais.
Honra e glória somente a ti, Senhor!

             

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