São tantas as lutas os lutos que enfrentamos.
Os nossos e os de outros, conforme o grau de empatia que desenvolvemos ao longo
da vida. Nesse momento estamos vivendo um grande luto por outros. São pessoas
que não conhecemos, mas que estão passando por perdas nunca vistas nem pensadas
por elas.
Apesar de vermos quase todos os anos essas
enchentes e flagelos da natureza, igual a essa, ninguém em nosso país viu ou
sequer imaginou. Nem quem está de fora, como também os que estão enfrentando.
Hoje comemoramos o Dia das Mães. Muitas mães partiram
já a algum tempo e outras partiram ou viram seus filhos partirem nessa enchente
sem precedentes. Tornamos a nos enlutar por quem partiu nesse momento. Como
disse, são tantos lutos, tantas perdas, tanta tristeza que fico a meditar nas
pessoas que se acham invulneráveis, nariz empinado, orgulhosas, soberbas, que
se acham melhores do que as outras, que pensam que tudo podem.
Por mais orgulhosa que seja uma pessoa ela não
é nada sem as misericórdias do Senhor em suas vidas. Quando uma catástrofe
dessas acontece todos caem de seus pedestais, e quanto mais alto esse pedestal,
maior é a queda e as machucaduras que advirão disso. Machucaduras internas, no
coração, nas emoções, sofrimentos sem tamanho para todos os que foram
atingidos.
Sem falar nos sofrimentos corporais que também
são muitos. Para onde foi toda a empáfia, toda a soberba, todo o sentimento de
que “são melhores, e mais importantes?” Não são! Somos todos iguais aos olhos
de Deus. E, quando o sofrimento bate à porta não escolhe cor, credo, classe
social, ou gênero.
Deveríamos parar e pensar nisso. Não existem
pessoas superiores as outras. Podem existir pessoas melhores em termos de ter
um bom coração se comparadas as outras. O que existe é o homem bom e o homem
mau. Só isso!
Hoje partiu desse mundo uma pessoa que eu diria
ser do bem, jovem, carreira brilhante, um coração benevolente, empática.
Aprouve ao Senhor levá-la após um período bem doloroso de sofrimento. Não a
conheço pessoalmente. Só por fotos e redes sociais. Mas, nem por isso pude
deixar de sentir o quanto a vida é frágil. O quanto temos que ser bons e gentis
com os outros. Caridosos, misericordiosos, pois todos somos parte dessa vida e
consequentemente sujeitos a seus altos e baixos. E, justamente por isso não
devemos nos achar superior a ninguém. Todos nós vamos partir desse mundo um
dia. Bons, maus, e um dia teremos que prestar contas ao Deus Todo Poderoso, o
que nos permite viver e o que nos recolhe quando tivermos concluído nossa
passagem por este mundo.
Que possamos agir com mais simplicidade,
empatia, bondade, porque o mundo está cheio de pessoas sofridas e que
necessitam de acolhimento. Façamos ao outro aquilo desejamos que façam a nós.
Essa é a regra de ouro do cristianismo.
Honra e Glória somente a Ti, Senhor!