Nos tempos bíblicos os
hipócritas religiosos eram os doutores da Lei, fariseus, saduceus e escribas.
Os saduceus pertenciam a uma linhagem sacerdotal de aristocratas judeus que
influenciavam decisivamente a política e a economia de Israel. Se preocupavam
excessivamente com o dinheiro e o poder, eram materialistas. Saduceus e
fariseus divergiam teologicamente. Saduceus não criam na ressurreição e
fariseus sim.
Os escribas a maioria
fariseu, eram mestres da Lei que viviam da oferta do povo e procuravam
representar as viúvas em suas causas jurídicas junto às famílias e também junto
ao templo, com o único intuito de tirarem vantagens financeiras ilícitas. Não
era para ajudar e sim para “levar vantagem”.
A vida religiosa não os
fazia mais humildes, nem tampouco mais verdadeiros e leais, a devoção era
fingida, se transformaram em pessoas avarentas, arrogantes, egoístas,
fraudulentas e, portanto hipócritas religiosos. Gostavam de ser observados
pelas pessoas e dentro das sinagogas gostavam de ocupar lugares de destaque
para que pudessem ser vistos por toda a congregação, por isso usavam
filactérios bem largos, (pequenas caixas onde eram guardadas quatro passagens
da Torah) e as franjas de suas vestes eram mais longas, simbolizando que
possuíam mais espiritualidade do que os outros. Esses filactérios deveriam ser
usados somente para lembrar a fé e a devoção dos mestres da Lei, mas, tornou-se
um objeto de fetiche, um amuleto.
Mas, o que será que existe
de semelhante com o que vemos e vivemos nos dias de hoje? Jesus advertiu aos
seus discípulos com relação a essas pessoas dizendo: “Tende cuidado com os mestres da Lei. Pois eles fazem questão de andar
com roupas especiais, e muito apreciam serem saudados nas praças, ocupar as
cadeiras mais importantes nas sinagogas e os lugares de honra nos banquetes.
Contudo, eles devoram as casas das viúvas, e, para não dar na vista, fazem
longas orações. Sem dúvida, estes homens sofrerão condenação mais severa!” Lc 20.46-47.
Qualquer semelhança não é
mera coincidência! Hoje existem os hipócritas religiosos do mesmo jeito.
Continuam amando os lugares mais destacados dentro das igrejas, não ajudam a ninguém,
é também gostam de levar vantagem. Criticam as pessoas diferentes, não costumam
incluir os excluídos. Não colaboram muito com ninguém e estão usando objetos
como amuletos e fetiches, tal qual os filactérios dos doutores da Lei dos
tempos de Jesus. A devoção também é fingida. Porém, o Senhor é claro com
relação a essas pessoas. “Estes,
certamente, receberão condenação mais severa”. Mc 12-40.
De acordo com essas Palavras devemos repensar
a nossa conversão. Somos verdadeiros seguidores do Messias, ou somos mais
parecidos com os doutores da Lei de Israel? O que desejamos receber, uma
condenação mais severa, ou queremos adentrar o caminho perfeito que é Jesus de
Nazaré?
Fica
aí o desafio, de nos melhorarmos cada vez mais para podemos fazer jus ao
verdadeiro caminho que é Jesus e não recebermos o apelido de “hipócritas
religiosos”.
Honra
e glória somente a ti, Senhor!
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