O carnaval de 2014 está chegando ao fim e já vai tarde. Segundo
alguns dicionários, carnaval significa: Período de festas profanas de
origem medieval, compreendido entre o dia de Reis e a quarta feira de cinzas,
período que compreende os três dias que precedem a Quaresma, durante o qual,
com o afrouxamento das normas morais, se dá o irromper de recalques, por meio
de danças, cantos, trejeitos, indumentária diversa da habitual etc. Folguedo,
orgia. Eu acrescentaria, carnaval é atraso de vida.
E o que vem a ser orgia? Mais uma vez o dicionário vem em nosso
socorro. Orgia quer dizer: Bacanal, festa de prazeres licenciosos, (prazeres
desregrados, sem freio, que excede os limites do lícito, devasso, libertino),
desordem, anarquia, tumulto, excesso, desperdício. Com tantas palavras
negativas, chegamos à conclusão de que tudo isso não é de Deus, e nem vem
d’Ele. Tem tudo a ver com a criatura e não com o Criador.
Hoje, podemos ver no Brasil em diversos locais, onde ele é muito
comemorado, grupos que cobram importâncias exorbitantes para que o homem possa
participar das quatro noites de libertinagem, devassidão, de prazeres ilícitos,
desregrados, totalmente sem freio. Isso porque no ano anterior ele, o homem,
esteve recalcado, estressado, “sofrido”, e passou por “momentos difíceis.” Aí
chega o carnaval, e com isso, é possível exceder todos os limites onde houve
freios o ano todo, “porque no carnaval todas as normas morais são afrouxadas e
eu posso colocar para fora tudo o que esteve reprimido dentro de mim”. Há que
ter muito dinheiro para gastar em nome desse tal “afrouxamento”.
O ser humano nunca tem dinheiro para ajudar alguém, mas para
comprar um abadá, (roupa própria dos trios elétricos para o carnaval) o
dinheiro aparece, nem que ele tenha que passar fome o ano inteiro.
O que vemos são pobres de “marré de si”, empobrecendo cada vez
mais financeiramente e espiritualmente, e enriquecendo quem já está muito rico,
como é o caso dos trios elétricos que animam o carnaval em nosso Brasil.
Com essa quantia muitas pessoas poderiam ser vestidas e alimentadas. Remédios
poderiam ser comprados para ajudar o doente.
Os valores estão totalmente trocados em nossa sociedade. Sem
falar daqueles que sabem que o carnaval não é de Deus, e mesmo assim vão em
busca de divertimento profano. Sabemos que o pecado pode ser cometido todos os
dias, porém o carnaval é propício para o pecado. É a época em que os acidentes
de trânsito, devido ao excesso de bebidas alcoólicas, se multiplicam.
Fomos criados por Deus e, é normal que queiramos nos aproximar
d’Ele. Porque não procuramos por aquele que nos criou, ao invés de tentarmos
preencher nosso vazio existencial através de prazeres efêmeros que não procedem
de Deus? Depois que tudo termina, vemos que o feriado acabou, corremos todo o
tipo de risco, gastamos o dinheiro que não tínhamos e que poderia ter sido
usado em algo útil, e o pior percebemos que continuamos totalmente frustrados,
pois o efeito “adrenalina” do carnaval é passageiro, e novamente observamos que
ainda estamos angustiados, só que agora mais pobres e muito mais
pecadores.
Percebemos que continuamos sem o total preenchimento que fomos
buscar durante os quatro dias de folia. Só Jesus pode nos preencher. Para que
possamos ser cheios de Deus, devemos estar em consonância com Ele todos os dias
do ano, inclusive no carnaval, pois não existe nenhuma cinza milagrosa que
colocada sobre a testa vá nos libertar de todas as coisas erradas que fizemos
durante os dias de folia. E se estivermos mais perto do Senhor, podemos ter a
certeza de que: “A Sua bondade e a sua misericórdia nos acompanhará
todos os dias de nossas vidas. E, viveremos na presença do Senhor para
sempre!” Sl 23-6.
Que possamos honrar a quem é digno de honra. E o único digno de
honra é Deus, Aquele que existe em três pessoas distintas, o Pai, o Filho e o
Espírito Santo.
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