Na época de Jesus era
escandaloso falar com um samaritano. Também era impensável para um homem judeu,
em especial para um mestre, um doutor na Lei conversar com uma mulher,
principalmente uma samaritana. Para o Mestre dos Mestres, tudo era possível,
até se dirigir a uma mulher samaritana com palavras dignas. Na época em que
Jesus conversou com a samaritana no poço de Sicar, era um fato raro encontrar
um judeu em Samaria.
Havia uma enorme rivalidade
religiosa por parte dos judeus com relação a esse povo. Isso já durava havia
séculos e esse território era sempre evitado entre o povo judaico, mesmo
encurtando o caminho entre a Judeia e a Galileia.
Jesus quebrou esse
preconceito ao falar e conversar com a mulher samaritana. Depois de ter sido
tratada com respeito e dignidade por Jesus, ela saiu a espalhar a Boa Nova sendo
a primeira mulher a falar de Jesus com conhecimento de causa, pois havia
conversado com Ele pessoalmente. Acreditou ser Ele a fonte de Água Viva que
mataria a sede de todo aquele que cresse. “Aquele,
porém, que beber da água que Eu lhe der nunca mais terá sede. Ao contrário, a
água que Eu lhe der tornar-se-á nele uma fonte de água jorrando para a vida
eterna”. Jo 4-14. A mulher que
todos discriminavam foi usada por Jesus para que todos conhecessem o Messias
enviado por Deus, o que alguns judeus ainda esperam até hoje.
Muitas vezes discriminamos as pessoas, e
essas mesmas pessoas possuem algo para nos oferecer. Jesus teve sede e ela
tinha o que Jesus necessitava naquele momento, água. A retribuição de Jesus foi
dar-lhe a água viva que mataria sua sede eternamente.
Por
preconceito e discriminação deixamos de oferecer dessa água a muitas pessoas
que se achegam a nós. Possuímos essa água, mas não queremos dividir com ninguém.
Por soberba, orgulho, nojo, ciúme e tantos outros tipos de sentimentos nocivos.
Precisamos deixar o preconceito e os maus sentimentos de lado e ajudarmos aos
que necessitam ter a sede da vida eterna saciada. “Não dizei vós: Ainda há quatro meses até a colheita? Eu, porém, vos
afirmo: erguei os olhos e vede os campos, pois já estão brancos para a colheita”.
Jo 4-35.
Que
o Senhor nos ajude a reconhecer os campos brancos, prontos para a colheita e
nos estimule a ceifá-los, mesmo que não o tenhamos plantado.
Honra
e glória somente a ti, Senhor!
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