Quando plantamos ventos e
tempestades, jamais colheremos calmaria! Muitas vezes passamos a maior parte de
nossas vidas, escolhendo as sementes que deveremos plantar e nem sempre,
escolhemos as melhores para que a colheita seja boa. Às vezes plantamos a semente
da discórdia, da ira, da raiva, do desamor, da inveja, e só colheremos somente
o que plantamos. Com isso, afastamos de nossas vidas as pessoas que nos são
caras, simplesmente por plantar, adubar, hidratar e aguardar “tranquilamente” a
frutificação de tais sementes.
A inveja é o desgosto pelo bem alheio, é o desejo de
possuir o que o outro tem, é o desejo de ser como o outro é, de ter a
inteligência, o carisma, a saúde, o jeito de ser do outro. A isso tudo são
incluídos os bens que a outra possui. Quando não conseguimos o que desejamos,
começamos a destilar o nosso ódio por essas pessoas e isso não acontece somente
entre amigos e conhecidos, ocorre também entre os familiares, pais e filhos,
irmãos, primos e primas etc., dentro da própria família, causando grandes
conflitos, contendas e afastamentos.
Jesus foi entregue a Pilatos,
pelos membros do Sinédrio por inveja. “Isso
porque tinha conhecimento de que o haviam entregado por inveja”. Mt
27-18. Jesus informa aos mestres da Lei, que o mal não está no que
entra no homem, porque o que entra sairá, mas sim, no que sai do homem, pois é de dentro do coração dos homens que
procedem aos maus pensamentos, as imoralidades sexuais, os furtos, os
homicídios, os adultérios, as ambições desmedidas, as maldades, o engano, a
devassidão, a inveja, a difamação, a
arrogância, e a insensatez. Ora, todos esses males procedem do interior,
contaminam a pessoa humana e a tornam impura. Mc 7.20-23.
A nossa comunhão com Deus
não pode ser interrompida pelo que comemos, e sim pelo pecado consciente,
intencional, persistente, aquele que não abandonamos por nada. Tornamo-nos uma
nova criatura, mas não conseguimos nos separar do veneno que nos acompanha
desde sempre. Quem planta tempestades, com certeza não colherá calmaria. A calmaria
só é colhida por nós quando plantamos sementes que estão em total sintonia com
o que agrada a Deus. Precisamos trocar nossos corações de pedra por um coração
de carne. Precisamos enterrar a velha criatura para que verdadeiramente renasça
a nova, a que plantará as sementes de amor, mansidão, paz, serenidade, domínio próprio
e harmonia com os nossos irmãos, sejam familiares ou não.
Que
o Senhor nos ajude a que possamos plantar somente sementes que nos ajude a
colher a calmaria que tanto o nosso espírito e alma necessitam, e nunca
tempestades.
Honra
e glória somente a Ti, Senhor!
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