terça-feira, 26 de setembro de 2017

A inveja não é de Deus!



É muito triste quando percebemos que as pessoas não se alegram com as nossas vitórias. A coisa se torna ainda pior, quando percebemos essa atitude partindo de nossos próprios familiares. Aqueles que deveriam torcer por nós, não só não torcem; como também, invejam e torcem contra a tudo o que alcançamos ou que ainda poderemos alcançar. A essa coisa perigosa e nociva, damos o nome de inveja.

Às vezes desejam o que temos; o que somos; nossas atitudes, bens, atos, amigos, filhos, família, situação financeira, o grau de estudo que conseguimos; os nossos esforços etc. Muitas pessoas são tão invejosas, mesmo sabendo o quanto ruim é ser assim.

Conheço pessoas que enfrentam esse problema vindo dos familiares, desde que nasceram. Tudo começou desde o nascimento delas por parte de pessoas consaguíneas, sangue de seu sangue. Por isso, costuma-se dizer que sangue não quer dizer nada. Muitas vezes não encontramos em um estranho que se torna amigo, tais atitudes que acontecem por parte daqueles que deveriam se alegrar e comemorar cada vitória que alcançamos.

Normalmente, são pessoas amargas de corações embrutecidos, duros, impiedosos e inflexíveis. Não sabem perdoar, reclamam de tudo, são infelizes por qualquer coisa, nunca estão satisfeitos com nada, não deixam o outro falar, as conversas com essas pessoas, não passam de monólogos, sempre estão certas, são aqueles que “nunca” erram e nunca querem fazer nada para melhorar. Sempre desejam que tudo “caia do céu”. Usam as pessoas enquanto podem tirar algum proveito delas. Sair da zona de conforto, nunca!

Já conheci pessoas que se dizem convertidas a Jesus Cristo, que possuem corações lotados de inveja e vontade de ter tudo o que o outro tem. Contudo, não existe conversão quando alguém age dessa forma. O que existe, é apenas uma conversão da boca para fora.
Jesus foi entregue a Pilatos por inveja dos sacerdotes da época. “Porque sabia que por inveja o haviam entregado”. Mt 27-18. Jesus de Nazaré, O Rei dos Reis e Senhor dos Senhores, passou por isso.

Salomão em seu livro dos Provérbios também afirmava: “O sofrimento sadio e a paz de espírito é vida e saúde para o corpo, mas a inveja corrói como o câncer”. Pv 14-30.

No Evangelho de Marcos, Jesus diz: “Pois é de dentro do coração dos homens que procedem aos maus pensamentos, as imoralidades sexuais, os furtos, os homicídios, os adultérios, as ambições desmedidas, as maldades, o engano, a devassidão, a inveja, a difamação, a arrogância e a insensatez. Ora, todos esses males procedem do interior, contaminam a pessoa humana e a tornam impura.” Mc 7.21-23.

Especificamente nesse texto estamos falando da inveja, que no grego original quer dizer: “olho mau”, cujo sentido não é apenas o desejo ardente pelas posses de outrem, mas igualmente a falta de generosidade, o que quer dizer: aquele que é “pão duro”.

Sentir inveja é um pecado consciente, intencional, e que persiste, apesar da pessoa saber que não deveria agir dessa forma. Por isso Jesus disse que o pecado não é o que entra por nossa boca, e que nem deixar de lavar as mãos para comer é pecado, pode ser anti-higiênico, mas não é pecado. A inveja procede do coração, e nos torna impuros.
Invejar o outro é pecado. Alguns cristãos sabem que não devem agir assim, mas agem continuamente.

O Apóstolo Paulo também passou por isso, quando decidiu transmitir seus ensinos aos pagãos. Quando os judeus viram que Paulo estava cercado por uma multidão, também tiveram inveja. “Entretanto, quando os judeus observaram a multidão ficaram tomados de inveja e, de forma desrespeitosa e ultrajante, contradiziam o que Paulo pregava.” At 13.45.

Não foi diferente quando ele esteve junto aos romanos. Esse povo começou a praticar tudo o que era reprovável, porque suas mentes estavam depravadas, por terem desprezado e se afastado dos conhecimentos de Deus. “Estão empanturrados de inveja, homicídio, rivalidades, engano e malignidade.” Rm 1-29.

É dessa forma que age o invejoso. Tudo o que os outros dizem está errado, só o que eles dizem está correto, mesmo que isso envolva a Bíblia Sagrada. Interpretam-na da mesma maneira que eles costumam racionalizar seus erros.

O afastamento de Deus produz um tipo de predisposição intelectual condenável, que é quando existe uma facilidade de surgirem ideias ou intenções sempre cada vez mais hostis à vontade de Deus e ao bom senso, que todos devemos ter. Com a inveja não é diferente.

Normalmente os invejosos aplaudem o erro e o mal cometido por seus semelhantes. Essas pessoas normalmente não chamam a atenção dos filhos para brincadeiras desagradáveis que eles venham a fazer com outras pessoas.  Nem para as grosserias que também possam vir a fazer com os mais velhos e com qualquer pessoa. Os filhos aprendem a ser como os pais são. Crescem ouvindo seus pais falando mal dos vizinhos, familiares e de tudo.

Essas pessoas se esquecem que é necessário se alegrar com as bênçãos que os outros recebem porque, com certeza ele também será abençoado. Felizmente, nem todos são assim! Ainda podemos ver famílias unidas que se amam e se respeitam e se alegram com as conquistas dos seus.

Que o Senhor ajude a essas pessoas a que se arrependam para que alcancem a Sua bondade, graça e a misericórdia que tem como objetivo principal aqueles que se arrependem dos atos pecaminosos que praticaram.


Honra e glória somente a Ti, Senhor!

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