É muito triste quando percebemos que as pessoas não se
alegram com as nossas vitórias. A coisa se torna ainda pior, quando percebemos
essa atitude partindo de nossos próprios familiares. Aqueles que deveriam
torcer por nós, não só não torcem; como também, invejam e torcem contra a tudo
o que alcançamos ou que ainda poderemos alcançar. A essa coisa perigosa e
nociva, damos o nome de inveja.
Às vezes desejam o que temos; o que somos; nossas
atitudes, bens, atos, amigos, filhos, família, situação financeira, o grau de
estudo que conseguimos; os nossos esforços etc. Muitas pessoas são tão
invejosas, mesmo sabendo o quanto ruim é ser assim.
Conheço pessoas que enfrentam esse problema vindo dos
familiares, desde que nasceram. Tudo começou desde o nascimento delas por parte
de pessoas consaguíneas, sangue de seu sangue. Por isso, costuma-se dizer que
sangue não quer dizer nada. Muitas vezes não encontramos em um estranho que se
torna amigo, tais atitudes que acontecem por parte daqueles que deveriam se
alegrar e comemorar cada vitória que alcançamos.
Normalmente, são pessoas amargas de corações embrutecidos,
duros, impiedosos e inflexíveis. Não sabem perdoar, reclamam de tudo, são
infelizes por qualquer coisa, nunca estão satisfeitos com nada, não deixam o
outro falar, as conversas com essas pessoas, não passam de monólogos, sempre
estão certas, são aqueles que “nunca” erram e nunca querem fazer nada para
melhorar. Sempre desejam que tudo “caia do céu”. Usam as pessoas enquanto podem
tirar algum proveito delas. Sair da zona de conforto, nunca!
Já conheci pessoas que se dizem convertidas a Jesus
Cristo, que possuem corações lotados de inveja e vontade de ter tudo o que o
outro tem. Contudo, não existe conversão quando alguém age dessa forma. O que existe,
é apenas uma conversão da boca para fora.
Jesus foi entregue a Pilatos por inveja dos sacerdotes da
época. “Porque sabia que por inveja o
haviam entregado”. Mt 27-18. Jesus
de Nazaré, O Rei dos Reis e Senhor dos Senhores, passou por isso.
Salomão em seu livro dos Provérbios também afirmava: “O sofrimento sadio e a paz de espírito é
vida e saúde para o corpo, mas a inveja corrói como o câncer”. Pv 14-30.
No Evangelho de Marcos, Jesus diz: “Pois é de dentro do coração dos homens que procedem aos maus
pensamentos, as imoralidades sexuais, os furtos, os homicídios, os adultérios,
as ambições desmedidas, as maldades, o engano, a devassidão, a inveja, a
difamação, a arrogância e a insensatez. Ora, todos esses males procedem do
interior, contaminam a pessoa humana e a tornam impura.” Mc 7.21-23.
Especificamente nesse texto estamos falando da inveja,
que no grego original quer dizer: “olho mau”, cujo sentido não é apenas o
desejo ardente pelas posses de outrem, mas igualmente a falta de generosidade,
o que quer dizer: aquele que é “pão duro”.
Sentir inveja é um pecado consciente, intencional, e que
persiste, apesar da pessoa saber que não deveria agir dessa forma. Por isso
Jesus disse que o pecado não é o que entra por nossa boca, e que nem deixar de
lavar as mãos para comer é pecado, pode ser anti-higiênico, mas não é pecado. A
inveja procede do coração, e nos torna impuros.
Invejar o outro é pecado. Alguns cristãos sabem que não
devem agir assim, mas agem continuamente.
O Apóstolo Paulo também passou por isso, quando decidiu
transmitir seus ensinos aos pagãos. Quando os judeus viram que Paulo estava
cercado por uma multidão, também tiveram inveja. “Entretanto, quando os judeus observaram a multidão ficaram tomados de
inveja e, de forma desrespeitosa e ultrajante, contradiziam o que Paulo
pregava.” At 13.45.
Não foi diferente quando ele esteve junto aos romanos.
Esse povo começou a praticar tudo o que era reprovável, porque suas mentes
estavam depravadas, por terem desprezado e se afastado dos conhecimentos de
Deus. “Estão empanturrados de inveja,
homicídio, rivalidades, engano e malignidade.” Rm 1-29.
É dessa forma que age o invejoso. Tudo o que os outros
dizem está errado, só o que eles dizem está correto, mesmo que isso envolva a Bíblia
Sagrada. Interpretam-na da mesma maneira que eles costumam racionalizar seus
erros.
O afastamento de Deus produz um tipo de predisposição
intelectual condenável, que é quando existe uma facilidade de surgirem ideias
ou intenções sempre cada vez mais hostis à vontade de Deus e ao bom senso, que
todos devemos ter. Com a inveja não é diferente.
Normalmente os invejosos aplaudem o erro e o mal cometido
por seus semelhantes. Essas pessoas normalmente não chamam a atenção dos filhos
para brincadeiras desagradáveis que eles venham a fazer com outras pessoas. Nem para as grosserias que também possam vir a
fazer com os mais velhos e com qualquer pessoa. Os filhos aprendem a ser como
os pais são. Crescem ouvindo seus pais falando mal dos vizinhos, familiares e
de tudo.
Essas pessoas se esquecem que é necessário se alegrar com
as bênçãos que os outros recebem porque, com certeza ele também será abençoado.
Felizmente, nem todos são assim! Ainda podemos ver famílias unidas que se amam
e se respeitam e se alegram com as conquistas dos seus.
Que o Senhor ajude a essas pessoas a que se arrependam
para que alcancem a Sua bondade, graça e a misericórdia que tem como objetivo
principal aqueles que se arrependem dos atos pecaminosos que praticaram.
Honra e glória somente a Ti, Senhor!
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