domingo, 28 de outubro de 2012

Ovelhas órfãs de pastores vivos.


Um bom pastor só deveria possuir em sua igreja o número de membros que pudesse cuidar. Não deveria existir pastor que não conseguisse cuidar de suas ovelhas. Cada uma tem suas necessidades especiais e exclusivas. Ninguém é igual a ninguém. Todos nós somos diferentes em necessidades e anseios. 
Como poderemos conversar com nossos pastores, se eles nunca podem nos atender, tendo em vista o número muito grande de ovelhas. Se ele não pode atender a uma e outra ovelha, elas ficarão sem atendimento e aconselhamento. Muitas podem estar deprimidas, com vontade de abandonar tudo, esposos e esposas podem não estar se entendendo, podem estar tendo problemas com o trabalho, com filhos adolescentes, talvez estejam com medo de um diagnóstico de doença incurável etc.
Ao procurar o pastor, àquele que poderá nos apoiar, orar conosco, ungir nossa cabeça com óleo santo, ouvir nossos clamores e petições, orar por nossos parentes necessitados, e não o encontramos, pois o mesmo está atendendo outras e outras pessoas, e até mesmo ocupado em seu trabalho secular, nos deparamos com a decepção, se não podemos contar com aquele que é nosso mentor espiritual com quem mais poderemos contar? Principalmente os novos na fé. Esses possuem uma necessidade ainda maior de ser reconhecido e apoiado por seu pastor.
Quando uma igreja cresce a ponto de seu líder espiritual não conhecer um membro pelo nome, está na hora de desmembrar essa igreja e transformá-la em outra menor.
O verdadeiro líder espiritual, que pastoreia uma igreja, deve conhecer as suas ovelhas pelo nome e as ovelhas por sua vez, conhecem seu pastor e líder pela voz. Elas não irão atrás de outro pastor se estão satisfeitas com o seu. “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem;” Jo10-27. É dessa forma que deveria ser. 
Hoje vemos igrejas super lotadas, onde ninguém conhece ninguém, nem o pastor sabe quem são as pessoas que frequentam a igreja onde ele é ministro. É cada um por si. As ovelhas ficam perdidas e algumas pastam até em outros terreiros. Não existe mais vínculo. Provavelmente, só o vínculo do dízimo que é devolvido. O membro se sente só. E, é bem provável que por isso tantas pessoas estão deixando de fazer parte de uma congregação. Estão preferindo ficar em casa, assistir aos cultos pela televisão ou internet, e às vezes só vão à igreja no dia de Santa Ceia.

Jesus disse: “Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido.” Jo 10-14. O bom Pastor conhece muito bem suas ovelhas e delas é conhecido. Exemplo perfeito para os pastores das igrejas atuais. Eles nunca abandonam uma ovelha sequer. Enquanto os pastores não estão suprindo as necessidades de seus membros o conselho é: Ler a Bíblia sempre. Procurar seguir Jesus em tudo. Transformar o nosso caráter ao d’Ele, para que todos possam ver Jesus espelhado em nosso rosto. Afastar-se do pecado e procurar sempre a santidade. “Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo.” I Pe 1-16. É difícil? Sim, é. Mas não é impossível. A escolha é nossa.
Honra e glória somente a ti, Senhor!






quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Josué e Calebe e os outros.


No livro de Números, o quarto livro do Pentateuco, no capítulo 13, Moisés envia doze homens, cada um representando as doze tribos de Israel para espiarem a terra de Canaã, e conferir os pontos fortes e os pontos fracos de seus habitantes  para que pudessem prescrever uma ação para a conquista.
Deus havia dito aos israelitas que Canaã era rica e fértil e prometeu esta terra próspera a esse povo.  
Moisés como bom estrategista, traçou o caminho pelo qual os espias deveriam passar para obter as informações necessárias, e retornarem em segurança. Definitivamente, os espias viram que a Terra Prometida manava leite e mel como o SENHOR havia falado. Possuía exuberantes colinas cobertas de figueiras, tamareiras e amendoeiras. 

Cortaram um ramo de vide com um cacho de uvas, tão grande que foi preciso dois homens para carregá-lo. “Depois, vieram até ao vale de Escol e dali cortaram um ramo de vide com um cacho de uvas, o qual trouxeram dois homens sobre uma verga, como também romãs e figos.” Nm 13-23. Porém, nessa terra fértil, haviam gigantes, cidades fortificadas cercadas por muros muito altos com guardas no topo vigiando. 
Quando foram inquiridos sobre a terra, dez dos doze ficaram amedrontados com o tamanho dos habitantes e emitiram opiniões negativas sobre Canaã. Já haviam presenciado grandes milagres da parte de Deus, mas tiveram medo. Essas opiniões provocaram uma rebelião entre o povo, e dessa forma eles rejeitaram o presente de Deus: a terra prometida. 


Eles viajaram em torno de 800 km entre ida e volta, passaram por diversos percalços ao longo de sua viagem, para encontrarem a terra que manava leite e mel. Durante toda a viagem murmuraram por tudo e depois de espiarem a terra ainda desejavam retornar a escravidão do Egito. 
Dentre os doze, somente Josué e Calebe haviam confiado em Deus quanto à vitória e à conquista, e só eles entraram na terra. Todos os outros foram condenados a não tomarem posse da terra que o Senhor Deus os prometera, inclusive Moisés. 
Como nos posicionamos com relação a tomar posse das bênçãos que nos é dada por Deus a todo instante? Murmuramos ou esperamos o tempo certo de Deus? Vamos tomar posse da terra prometida ou vamos morrer no deserto? Somos como os dez espias que não tomaram posse da terra porque viram mais dificuldades do que facilidades ou como Josué e Calebe que entraram e puderam desfrutar de tudo o que a terra tinha? Rejeitamos ou aceitamos as bênçãos que o Senhor reserva para nós? 

Josué e Calebe foram os únicos que acreditaram que Deus realmente daria a terra a eles e por isso, depois de quarenta anos conseguiram entrar e tomar posse da terra. “Então Calebe fez calar o povo perante Moisés e disse: Subamos animosamente e possuamo-la em herança; porque, certamente, prevaleceremos contra ela.” Nm 13-30. Eles queriam possuir a terra com coragem porque confiavam na promessa do Senhor. Josué e Calebe ou os dez descrentes? A escolha é nossa.
Honra e glória somente a ti, Senhor!






domingo, 21 de outubro de 2012

Jesus, seu amor e respeito pelas mulheres.


O judaísmo dos tempos de Jesus afastava as mulheres da esfera pública para proteger a moralidade. A mulher ficava trancada em casa e quando saia às ruas deveria cobrir o rosto com os cabelos como se este fosse um véu.
Jesus ao longo de seu curto ministério se encontrou diversas vezes com as mulheres, mostrando estar ciente de que veio a este mundo para ajudar a todos.  Não excluiu as mulheres de sua vida. Para Ele a mulher não deveria ser isolada. Jesus falava com naturalidade com elas, a ponto de os discípulos se admirarem. Provavelmente o fato de Jesus se entrosar tão bem com as mulheres, tenha chamado muito a atenção perante os magistrados do Sinédrio, tendo como conseqüência um peso muito grande em seu processo de acusação.  
Jesus estava indo contra a tradição judaica, que isolava e segregava as mulheres a um papel de escrava. Para Jesus a mulher se inseria no Reino e, não estava fora de nada como os judeus queriam.
Nesse tempo, a mulher possuía sob todos os aspectos, menor valor do que o homem, incluindo o status religioso, onde se equiparava aos escravos, porque como os escravos, ela “não era dona de seu tempo”.  O apóstolo Paulo apesar de judeu de nascimento e profundo conhecedor das leis judaicas, escreveu ao povo da Galácia: “Não há judeu nem grego, escravo ou livre, homem ou mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.” Gl 3-28. Paulo sabia que a união com Cristo transcende todas as diferenças raciais, culturais, políticas e sociais e disso tudo a mulher também fazia parte.
Jesus não deixou que apedrejassem a mulher adúltera, curou a mulher do fluxo de sangue e ajudou a tantas outras.
Certa vez o Senhor Jesus pediu água a uma samaritana. Os samaritanos  faziam parte de um povo mestiço odiado. Ela era conhecida por estar vivendo em pecado, estava em um lugar público e acima de tudo era mulher. Nenhum judeu respeitável conversaria com uma mulher em tais circunstâncias. Mas, Jesus o fez. “Disse-lhe, pois, a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana?” Jo 4-9.
Jesus realmente transcendia a tudo. Ele veio para tornar pública as Boas Novas do Reino e o fez a todos, independente de leis, etnias, posição social e cultural. Jesus tinha muito apreço, amor e carinho por todas as mulheres, e por isso algumas delas ajudaram a sustentar a Ele e a seus discípulos financeiramente com seus bens e os acompanharam em suas caminhadas pelos povoados. “Joana, esposa de Cuza, administrador da casa de Herodes; Susana e muitas outras. Essas mulheres cooperavam no sustento deles com seus bens.” Lc 8-3.
As mulheres foram muito importantes no ministério de Jesus e por serem reconhecidas, e valorizadas participaram ativamente ajudando-o e a seus discípulos a que a Palavra do Mestre se multiplicasse e pudesse chegar a todos. E nós o que temos feito para ajudar na divulgação das Boas Novas do Reino? E o que temos feito por nossa família? Jesus tem um carinho especial por nós, mulheres. Ele as tratou com respeito e carinho em todos os momentos em que por aqui esteve. Ele deseja que todas as mulheres sejam sal da terra e luz do mundo. Façamos a diferença!
Honra e glória somente a ti, Senhor!




quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Autocontrole mental e espiritual.


No capítulo 22 das Boas Novas de Jesus que o apóstolo Mateus nos trouxe, Cristo não revoga a Lei de Moisés, porém, a torna ainda mais difícil de ser seguida por toda a humanidade. A partir do verso 21, Ele nos explica que: “Vocês ouviram o que foi dito aos seus antepassados: Não mate. Quem matar será julgado. Mas eu lhes digo que qualquer um que ficar com raiva do seu irmão será julgado. Quem disser ao seu irmão? “Você não vale nada” será julgado pelo tribunal. E quem chamar o seu irmão de idiota estará em perigo de ir para o fogo do inferno.” Mt 5.21-22. Notemos que Jesus dificultou ainda mais a vida dos fariseus e de todo o povo de Israel, pois a Lei que antes dizia que só seriam julgados caso tirassem a vida de alguém, agora os condenaria caso “somente” ofendessem a um irmão.
Quantas vezes já chamamos alguém de idiota ou dissemos que ele ou ela não valem nada em nossos momentos de ira? Muitas. Infinitas vezes. Se essa lei estivesse vigorando nos dias atuais em nosso país, estaríamos todos presos e condenados pelos tribunais, e não haveria cadeia para tantas pessoas, incluindo os crentes em Jesus Cristo.
Devemos buscar a ajuda de Deus para que possamos controlar a nossa ira. Temos que declarar ao Senhor que somos impotentes diante de nossas intensas emoções negativas e fraquezas. Não podemos controlá-las sozinhos. Somente o Deus Todo Poderoso pode nos estender a mão e nos ajudar nos curando de dentro para fora.
Jesus não estava anulando a Lei de Moisés quando disse: “Não matarás”, Ele nos ensinou que não devemos nem nos irar a ponto de odiar alguém, pois em nosso coração já teríamos cometido assassinato. A ira nada mais é do que uma fervorosa e remoída amargura contra alguém. É uma emoção perigosa que pode fugir ao nosso controle nos levando a violência, a mágoa, a danos mentais e espirituais. 
Devemos controlar também os nossos pensamentos e atitudes e praticar o autocontrole de nossos atos. Procurar nos reconciliar com aqueles a quem magoamos ou por quem fomos magoados, buscando a paz com nossos semelhantes, antes que sejamos obrigados a apresentar-nos perante Deus. “Porque Deus julgará vocês do mesmo modo que vocês julgarem os outros e usará com vocês a mesma medida que vocês usarem para medir os outros.” Mt 7-2. Por isso é tão importante acionar o dom do perdão em nossos corações. Ele está lá guardado, precisa só ser acionado.
            Honra e Glória somente a ti, Senhor!








segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Como anda o testemunho de vida do crente?


Tem-se ouvido falar muito ultimamente sobre os irmãos evangélicos que dão “tristimunhos” ao invés de um bom testemunho de vida. Quando numa família nem todos são convertidos, aquele que já é, passa a ser observado em suas atitudes todos os dias e em todos os pormenores. Quem se diz crente em Jesus Cristo, deve tentar moldar o caráter ao de seu Mestre e Senhor. Deve procurar se tornar santo e separado, onde o amor, o perdão, e a misericórdia estejam presentes em seus corações.

O que não dizer dos vizinhos, amigos e agregados? Também estão  prestando atenção em nossas atitudes, observando se são cristãs ou não. Isso é normal, e não deveríamos nos preocupar com isso, uma vez que Jesus disse que deveríamos dar bons frutos. “Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?” Mt 7-16. E ainda: “Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus.” Mt 7-17. Se nossa conversão é legítima isso jamais nos preocupará, pois é isso que Deus quer de nós, que sejamos o sal da terra e a luz do mundo. Como anda o seu sabor? Você tem sabor ou está se tornando insípido? E a sua luz? Você consegue iluminar alguém com sua luz? E seus frutos? A colheita está boa, farta, anda chovendo demais, ou falta chuva? 

 O crente em Jesus deve agir como a chuva temporã e a serôdia, a primeira prepara o solo para ser arado e irriga os campos recém semeados e a segunda, a serôdia que é a chuva da primavera, promove o crescimento pleno dos grãos. “Então darei a chuva da vossa terra a seu tempo, a temporã e a serôdia, para que recolhais o vosso grão, e o vosso mosto e o vosso azeite.” Dt 11-14.

Assim como a chuva temporã devemos preparar o terreno ou o coração daqueles que estamos testemunhando do Senhor, ará-lo, irrigá-lo para que a semente brote. E assim como a serôdia depois do solo preparado pela chuva temporã, devemos acompanhar o crescimento pleno do que foi plantado no coração de nossos discípulos. Mas como faremos isso se não damos bons frutos? Não posso vender loção para crescer cabelo se eu sou careca. É por esses e outros motivos que muitos tem se afastado do Evangelho de Jesus, pela falta de testemunho dos crentes. Até nossos familiares criticam nossas atitudes fora do Evangelho. Nossa evangelização deve começar com os nossos familiares, principalmente por nossos filhos, se não conseguimos evangelizá-los é porque não damos frutos. Precisamos frutificar, e testemunhar de Jesus através de nossos atos, e atitudes no dia a dia com nossos irmãos e devemos lutar sempre para ser vaso de honra e não de desonra. “De sorte que, se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra santificado e idôneo para uso do Senhor, e preparado para toda a boa obra.” II Tm 2-21.
E você é uma árvore frutífera ou uma árvore seca? É um vaso de honra ou de desonra?  Ainda é tempo de escolher o que realmente agrada ao Senhor.
Honra e glória somente a ti, Senhor!

            



quinta-feira, 11 de outubro de 2012

A excelência na devoção para com Deus.


No capítulo 26 do Evangelho de Mateus, a partir dos versos 6 até o 13, vemos um grande exemplo de alguém que realizou algo para Jesus com excelência. Jesus se encontrava na casa de Simão, o leproso. É provável que esse homem fosse o pai de Lázaro, Marta e Maria e tenha sido curado da lepra por Jesus. Todos estavam à mesa ceando. Marta servia a mesa conforme é relatado no Evangelho de João no capítulo 12 verso 2. Nesse instante Maria, a irmã de Lázaro e Marta aproximou-se de Jesus e derramou sobre a sua cabeça e sobre seus pés, uma grande quantidade de unguento de grande valor. Tratava-se de um perfume extraído do nardo puro, planta cuja flor é muito aromática. Ela não economizou na quantidade do produto, pois queria fazer com toda a excelência possível algo para seu Mestre e Senhor.

Não abriu o frasco, mas o quebrou para que de dentro da embalagem o seu conteúdo pudesse fluir totalmente, não sendo possível tampá-lo novamente. Não houve nenhuma economia, sovinice ou mesquinharia da parte de Maria. Ela queria o melhor para Jesus e por isso não economizou nem um pouco. O valor daquele unguento era enorme, tanto que os discípulos indignaram-se com o que julgavam ser um desperdício.


Maria demonstrou extrema devoção a seu Mestre e realizou o que tinha planejado com excelência. Se dependesse dos discípulos eles não teriam agido daquela forma. Por tratar-se de algo de muito valor, questionaram se não teria sido melhor vender o frasco de ungüento e usar o dinheiro para ajudar os pobres. Jesus, perguntou: “Por que afligis esta mulher? Pois praticou uma boa ação para comigo.” Mt 26-10.
E nós? Como realizamos as coisas de Deus? E em nossa vida material? Realizamos tudo com excelência tal qual Maria, ou fazemos tudo de qualquer jeito? Na verdade, somos econômicos até nas orações, que nada custam. Devemos seguir o exemplo de Maria para que em nossa vida diária, em família e principalmente com a nossa devoção ao Senhor, venhamos a realizar tudo com excelência da mesma forma que a irmã de Lázaro. Ela já estava preparando o corpo de Jesus para sua morte. Mesmo sem ter certeza de nada ela creu e prestou com excelência sua última homenagem a Jesus, seu mestre e Senhor. A resposta de Jesus a seus discípulos foi: “Em verdade vos digo que, onde quer que este evangelho for pregado, em todo o mundo, também será referido o que ela fez para memória sua.” Mt 26-13. Jesus em troca de sua boa ação para com Ele, a honrou, e em verdade, todos os que já leram os Evangelhos conhecem Maria, aquela que realizou algo com excelência para seu Senhor. A minha oração é que tudo em nossa vida possa ser realizado com excelência, principalmente quando o fazemos para Jesus.
            Honra e glória somente a ti, Senhor!
Soli Deo Gloria!



segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Quando Jesus nos estende a sua mão.


Esse texto irá nos mostrar que existem momentos em nossas vidas que necessitamos que o Senhor nos estenda a mão. Ele pode estender a mão para nos ajudar e também pode fazer com que muitos caiam por terra. Ele pode nos resgatar e muitas vezes pode nos fazer cair. Isso vai depender de nós, do quanto temos de intimidade com Ele, e de nossas práticas como cristãos. A Bíblia nos fala de muitos momentos assim, mostra-nos o Senhor resgatando e o Senhor educando seus filhos.

Éramos pobres, cegos, perdidos, pecadores, não tínhamos Deus e nem Jesus, mas mesmo assim Ele estendeu a sua mão para nos ajudar. Nossa alma estava longe do caminho do céu e conseqüentemente de Deus, justamente por sermos pecadores, porém, quando conhecemos Jesus e Ele nos estende a sua mão é capaz de transformar nossa vida que estava em trevas, na mais divina luz. Deixamos de tatear no escuro podemos ver tudo mais claro e assim passamos a desfrutar da luz que vem diretamente do trono de Deus.
            Depois que O aceitamos nos regozijamos e nos perguntamos como fomos capazes de viver longe de Jesus, nossa vida não tinha nenhum sentido, tanto fazia irmos para lá ou para cá, tal qual um barco à deriva. 


A tempestade é capaz de derrubar o barco, ele não consegue voltar a sua posição original dentro d’água, precisa de quem o resgate, de outro barco que o reboque para verificar se houve estragos. Assim somos nós quando não conhecemos Jesus. O Senhor precisa nos resgatar e nos curar de nosso naufrágio, precisa nos colocar de pé novamente.
Quando Jesus nos estende a sua mão, deixamos de estar à deriva, nem as tempestades nos assustam, poderemos sossegar, e estar em paz, à paz que excede todo entendimento. Quem não conhece Jesus imagina que somos loucos. Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens. (I Co. 1-25). Não somos loucos, temos Jesus e nada mais importa, podemos passar por tempestades, furacões e desertos, mas temos a certeza que no fim de nossa caminhada, alcançaremos o oásis que só Jesus pode nos proporcionar, só Ele nos acolhe e nos carrega no colo se precisarmos.  
O Senhor nos liberta do mal, e de todo perigo até as setas inflamadas do inimigo com certeza não mais nos alcançarão porque Jesus estendeu suas mãos para nós e nos alcançou. “Porque eu, o SENHOR, teu Deus, te tomo pela tua mão direita e te digo: Não temas, que eu te ajudo.” Is 41-13.
            Honra e glória somente a ti, Senhor!


sábado, 6 de outubro de 2012

Farmácia do espírito e da alma.


O que vem a ser imunidade física? É um estado de um organismo que resiste a infecções ou infestações por possuir anticorpos específicos contra o agente agressor. Fisicamente ativamos a imunidade através de uma boa alimentação, sono regrado, atividade física sem muito esforço, a ingestão de vitaminas extras, lazer, amor, enfim são muitos os fatores que nos ajudam a mantermos nossa imunidade funcionando bem, nos livrando das infecções e doenças que circulam no ambiente.
Mas o que é ter baixa imunidade espiritual? Quando temos uma situação mal resolvida, pensamentos de inveja, quando nos intrometemos na vida de outras pessoas da maneira errada, quando nos deixamos levar por influências de “amizades”, quando nossos pensamentos são negativos em relação a tudo, a falta de perdão, quando damos ouvidos a opiniões negativas, e principalmente quando não temos nenhuma intimidade com Deus porque não oramos, enfim são muitos os fatores que podem ocasionar essa baixa em nossa imunidade espiritual. Assim como o nosso corpo, nosso espírito, necessita de “anticorpos” para protegê-lo. Como podemos adquirir esses anticorpos espirituais que nos dará imunidade ao espírito e a alma?

 É necessário que cultivemos somente bons pensamentos. Não devemos nos deixar influenciar por pessoas invejosas, maledicentes, devemos resolver as situações em nossa vida, as amizades devem ter altíssimo quilate, não devemos sentir inveja de ninguém, devemos ter um pensamento sempre positivo com relação às coisas, jejuar e acima de tudo orar muito. Precisamos nos revestir da armadura de Deus e todos os dias dobrarmos nossos joelhos para pedir a misericórdia do Senhor para nossa vida, que muitas vezes fica tão atribulada que culmina com a diminuição de nossa capacidade de não contrair doenças. O corpo está ligado ao espírito e não podemos escapar disso. Daí a importância de nutrirmos corretamente os dois, pois quando um adoece o outro também adoecerá.
 
 Paulo em sua carta ao povo de Éfeso, diz que devemos estar revestidos da armadura de Deus, para que possamos estar firmes contra as astutas ciladas do diabo, Ef 6-11. Esse revestimento é o antídoto para que nossa imunidade espiritual esteja sempre funcionando, “porque a nossa luta não é contra a carne e sangue, mas, sim, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais”, Ef 6.12. Se nos esquecemos disso, nossa vida fica tão atribulada, as coisas se tornam tão difíceis que nossa imunidade espiritual cai, prejudicando a imunidade corporal e aí, adoecemos.
Portanto, caríssimos, devemos reforçar a nossa imunidade espiritual através da oração, do jejum, do cultivo de bons pensamentos, da leitura da Palavra, da fé, do amor ao próximo, esses são os remédios que devemos ter guardados na farmácia do espírito e da alma, e se não nos envolvermos nas coisas carnais, teremos enormes chances de nunca adoecermos, nem corporalmente, nem espiritualmente. “Tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficai firmes. Tomai o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno, orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito e vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos.” Ef. 6.11,16,18.
            Honra e glória somente a ti, Senhor!



quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Faça o que eu digo e também o que eu faço.


Um dia desses, lendo o livro de Natalie Goldberg, “Escrevendo com a alma”, um texto me chamou a atenção. Ela discutia com uma amiga, também escritora, sobre “o abismo que existe entre o grande amor que sentimos pelo mundo quando sentamos e escrevemos sobre ele e o desprezo que lhe dispensamos no âmbito de nossa própria vida humana.” (Goldberg, p.139). Citou também Hemingway, que escrevia sobre a enorme paciência de Santiago em seu barco de pesca, mas, assim que punha o pé fora do escritório, maltratava a esposa e enchia a cara. (Goldberg, p.139).
A escritora diz “que precisamos começar a unir esses dois mundos. A arte é o ato da não agressão. Devemos vivenciar essa arte na nossa vida cotidiana”. Outro trecho do livro diz: “Nosso objetivo é ter uma consideração gentil por todos os seres sencientes, a todo o momento, para todo o sempre”. “O mesmo não significa produzir um lindo poema no papel e depois maldizer a vida, reclamar do carro e fechar outro motorista na via expressa”. (Goldberg, p.140).

O que isso tem a ver com os cristãos? Contextualizando para o mundo cristão o que foi dito no texto citado, chegamos à conclusão que: sentimos um amor enorme por Deus, Àquele que nos sustenta, nos ajuda, abençoa e está presente, mas o tratamos como se Ele fosse nosso servo e não ao contrário. A partir do momento que não temos essa ajuda, achamos que Deus falhou conosco e não mais o valorizamos tanto quanto deveríamos. O mesmo acontece com nossos familiares. Por exemplo: quando nosso marido passa por qualquer dificuldade financeira e não nos dá mais o que achamos que merecemos, passamos a achar que nosso casamento está fracassando, pois ele o marido, é “mão fechada” ou que não nos ama mais. Enfim, só valorizamos alguma coisa quando elas nos são úteis. É uma situação de barganha “te dou isso em troca daquilo”. Podemos até agir assim com nossos familiares, mas nunca com Deus. Devemos amá-lo pelo que Ele é não pelo que recebemos d’Ele. Até porque tudo o que temos e somos vem de Deus.
Discursamos muito sobre as coisas certas, valores que devemos respeitar que devemos seguir a Palavra de Deus, etc., quando na verdade, não agimos como verdadeiros cristãos. Achamos a Palavra de Deus maravilhosa, correta, pregamos isso a muitos, porém nossas atitudes não condizem com o que pregamos. Parece tudo “da boca pra fora”. Não cuidamos direito da saúde, às vezes mentimos dizendo que nossos filhos não estão em casa, quando realmente estão, ou não abrimos a porta para um mendigo esfomeado que bate à porta de nossa casa, enfim, eu poderia preencher várias páginas com outras ações que desagradam a Deus. Até com relação ao planeta, como cita a autora do livro, existe um abismo enorme entre o que pregamos e o que fazemos por ele. Senão mudarmos, o que sobrará para as gerações futuras? 
Com relação à Hemingway, o que foi dito, nos mostra como podemos ser tranquilos com algumas situações confortáveis para nós, e em contrapartida como podemos ser malvados com nosso próximo e ao mesmo tempo termos ares de boa gente. E a nossa consciência como é que fica? Devemos agir com transparência, em consonância com aquilo que pregamos. Não podemos pregar Jesus, e depois dizermos palavras grosseiras a um motorista que nos fecha no trânsito, ou não ajudando ao nosso próximo que está necessitado. Ou de repente, sermos flagrados maldizendo alguém ou falando mal de outros. Temos que tentar diminuir cada vez mais esse abismo entre aquilo que pregamos e o que fazemos. Não é fácil de imediato, mas é nosso dever tentar todos os dias. É preciso que vejam Jesus em nós. Está cada vez mais difícil conduzir uma ovelha de volta ao aprisco, ou tentar levar os bodes para dentro do aprisco. A condução de bodes para dentro do aprisco, para posterior transformação e novo nascimento, não é tarefa fácil e se torna muito mais difícil quando não damos o exemplo, ou seja, quando não agimos de acordo com o que pregamos.
O mundo jaz no maligno. E ele está disposto a qualquer coisa para levar todas as ovelhas do Senhor para o seu lado. Quanto mais, melhor.

O final dos tempos está chegando. E temos que escolher para onde queremos ir, para o descanso eterno com Jesus ou para o lago de fogo e de enxofre com o maligno? A escolha é nossa. Ainda temos tempo de realmente fazer jus ao nosso novo nascimento com Jesus. Vai depender de nossa fé, pois tudo é possível ao que crê. Se você crê, você pode ser curado, e transformado. “A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a Nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome.” Ap 3-12.
            Honra e glória somente a ti, Senhor!






segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Cegueira espiritual.



            No Evangelho do Apóstolo Lucas, no capítulo 24, vemos um exemplo típico de cegueira espiritual. Cleopas ia provavelmente com sua esposa Maria, em direção a aldeia de Emaús, pois do jeito que conversavam tudo nos leva a crer que ele estivesse com alguém íntimo. Andavam abatidos, tristes, angustiados por imaginar que nunca mais veriam novamente Jesus a quem tanto amavam. Nesse instante Jesus que retornara ao mundo dos vivos, para que as profecias a respeito do Messias se cumprissem se aproximou, e começou a lhes fazer perguntas acerca de sua tristeza. Eles não perceberam que era Jesus, tamanha era a cegueira espiritual que havia se apoderado dos dois. Não queriam que aquele homem visse que estavam aflitos e tristes. Estavam tão amargurados que haviam perdido a esperança sobre o que estava escrito nas Escrituras sobre a ressurreição de Jesus. Nós também passamos por isso muitas vezes. Não percebemos quando o Senhor de nós se aproxima para nos abençoar e nos ajudar em nossas angústias e sofrimentos. 
Se eles que haviam andado com Jesus, presenciado quase todos os milagres feitos por aquele que eles chamavam de Mestre, duvidaram dos profetas, o que falar de nós que cremos somente pela fé? Muitas e muitas vezes Jesus está próximo a nós querendo nos ajudar, nos livrar de angústias e sofrimentos e nós não o reconhecemos, tal a nossa cegueira espiritual. Assim como Cleopas e Maria, deixamos o momento passar não crendo que Ele ressuscitou dos mortos e está conosco, caminhado ao nosso lado e à nossa frente, retirando toda pedra de tropeço que possa nos fazer cair. Que Ele ordena aos seus anjos que nos cerque e nos proteja nos livrando de setas inflamadas que possam estar vindo em nossa direção para nos destruir. Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos. Ele te sustentarão nas suas mãos, para que não tropeces com o teu pé em pedra.” Sl 91.11-12
Jesus o Grande Médico, estava tentando ajudar a Cleopas e sua mulher, mas eles estavam muito perturbados, e eram ignorantes com relação às escrituras. Jesus começou tentando estabelecer uma conversa com eles para que eles pudessem lhes dizer o que estava acontecendo. Se não dissermos nada a quem quer nos ajudar não poderemos receber ajuda. É assim com a nossa família, filhos, no trabalho, na igreja e em nossas orações de súplica. É necessário que nosso coração se abra para que possamos receber ajuda. 
A Palavra de Deus é bem clara quando diz que tudo o que pedirmos receberemos, porém, é preciso pedir, é necessário que venhamos a expor tudo o que vai em nosso coração. Para obtermos ajuda, precisamos relatar o sofrimento e a angústia que está nos fazendo sofrer. É preciso falar, clamar, tal qual o cego Bartimeu que mesmo em meio a tantas repreensões para que se calasse, clamava cada vez mais forte para que Jesus o visse e o curasse. “Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim!” Mc 11-47. E Jesus o curou.
A minha oração, é que não sejamos como Cleopas e Maria, e sim como Bartimeu que creu e não desistiu até alcançar o seu milagre.
Honra e glória somente a ti, Senhor!
Soli Deo Gloria!









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