No Evangelho do Apóstolo Lucas, no capítulo 24, vemos um exemplo típico
de cegueira espiritual. Cleopas ia provavelmente com sua esposa Maria, em
direção a aldeia de Emaús, pois do jeito que conversavam tudo nos leva a crer
que ele estivesse com alguém íntimo. Andavam abatidos, tristes, angustiados por
imaginar que nunca mais veriam novamente Jesus a quem tanto amavam. Nesse
instante Jesus que retornara ao mundo dos vivos, para que as profecias a
respeito do Messias se cumprissem se aproximou, e começou a lhes fazer
perguntas acerca de sua tristeza. Eles não perceberam que era Jesus, tamanha
era a cegueira espiritual que havia se apoderado dos dois. Não queriam que
aquele homem visse que estavam aflitos e tristes. Estavam tão amargurados que
haviam perdido a esperança sobre o que estava escrito nas Escrituras sobre a
ressurreição de Jesus. Nós também passamos por isso muitas vezes. Não
percebemos quando o Senhor de nós se aproxima para nos abençoar e nos ajudar em
nossas angústias e sofrimentos.
Se eles que haviam andado com Jesus,
presenciado quase todos os milagres feitos por aquele que eles chamavam de
Mestre, duvidaram dos profetas, o que falar de nós que cremos somente pela fé?
Muitas e muitas vezes Jesus está próximo a nós querendo nos ajudar, nos livrar
de angústias e sofrimentos e nós não o reconhecemos, tal a nossa cegueira
espiritual. Assim como Cleopas e Maria, deixamos o momento passar não crendo
que Ele ressuscitou dos mortos e está conosco, caminhado ao nosso lado e à
nossa frente, retirando toda pedra de tropeço que possa nos fazer cair. Que Ele
ordena aos seus anjos que nos cerque e nos proteja nos livrando de setas
inflamadas que possam estar vindo em nossa direção para nos destruir. “Porque aos
seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus
caminhos. Ele te sustentarão nas suas mãos, para que não tropeces com o teu pé
em pedra.” Sl 91.11-12 .
Jesus o Grande Médico,
estava tentando ajudar a Cleopas e sua mulher, mas eles estavam muito
perturbados, e eram ignorantes com relação às escrituras. Jesus começou
tentando estabelecer uma conversa com eles para que eles pudessem lhes dizer o
que estava acontecendo. Se não dissermos nada a quem quer nos ajudar não
poderemos receber ajuda. É assim com a nossa família, filhos, no trabalho, na
igreja e em nossas orações de súplica. É necessário que nosso coração se abra
para que possamos receber ajuda.
A Palavra de Deus é bem
clara quando diz que tudo o que pedirmos receberemos, porém, é preciso pedir, é
necessário que venhamos a expor tudo o que vai em nosso coração. Para obtermos
ajuda, precisamos relatar o sofrimento e a angústia que está nos fazendo
sofrer. É preciso falar, clamar, tal qual o cego Bartimeu que mesmo em meio a
tantas repreensões para que se calasse, clamava cada vez mais forte para que
Jesus o visse e o curasse. “Jesus, Filho
de Davi, tem misericórdia de mim!” Mc
11-47. E Jesus o curou.
A minha oração, é que
não sejamos como Cleopas e Maria, e sim como Bartimeu que creu e não desistiu
até alcançar o seu milagre.
Honra e glória somente a
ti, Senhor!
Soli Deo Gloria!
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