segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Cegueira espiritual.



            No Evangelho do Apóstolo Lucas, no capítulo 24, vemos um exemplo típico de cegueira espiritual. Cleopas ia provavelmente com sua esposa Maria, em direção a aldeia de Emaús, pois do jeito que conversavam tudo nos leva a crer que ele estivesse com alguém íntimo. Andavam abatidos, tristes, angustiados por imaginar que nunca mais veriam novamente Jesus a quem tanto amavam. Nesse instante Jesus que retornara ao mundo dos vivos, para que as profecias a respeito do Messias se cumprissem se aproximou, e começou a lhes fazer perguntas acerca de sua tristeza. Eles não perceberam que era Jesus, tamanha era a cegueira espiritual que havia se apoderado dos dois. Não queriam que aquele homem visse que estavam aflitos e tristes. Estavam tão amargurados que haviam perdido a esperança sobre o que estava escrito nas Escrituras sobre a ressurreição de Jesus. Nós também passamos por isso muitas vezes. Não percebemos quando o Senhor de nós se aproxima para nos abençoar e nos ajudar em nossas angústias e sofrimentos. 
Se eles que haviam andado com Jesus, presenciado quase todos os milagres feitos por aquele que eles chamavam de Mestre, duvidaram dos profetas, o que falar de nós que cremos somente pela fé? Muitas e muitas vezes Jesus está próximo a nós querendo nos ajudar, nos livrar de angústias e sofrimentos e nós não o reconhecemos, tal a nossa cegueira espiritual. Assim como Cleopas e Maria, deixamos o momento passar não crendo que Ele ressuscitou dos mortos e está conosco, caminhado ao nosso lado e à nossa frente, retirando toda pedra de tropeço que possa nos fazer cair. Que Ele ordena aos seus anjos que nos cerque e nos proteja nos livrando de setas inflamadas que possam estar vindo em nossa direção para nos destruir. Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos. Ele te sustentarão nas suas mãos, para que não tropeces com o teu pé em pedra.” Sl 91.11-12
Jesus o Grande Médico, estava tentando ajudar a Cleopas e sua mulher, mas eles estavam muito perturbados, e eram ignorantes com relação às escrituras. Jesus começou tentando estabelecer uma conversa com eles para que eles pudessem lhes dizer o que estava acontecendo. Se não dissermos nada a quem quer nos ajudar não poderemos receber ajuda. É assim com a nossa família, filhos, no trabalho, na igreja e em nossas orações de súplica. É necessário que nosso coração se abra para que possamos receber ajuda. 
A Palavra de Deus é bem clara quando diz que tudo o que pedirmos receberemos, porém, é preciso pedir, é necessário que venhamos a expor tudo o que vai em nosso coração. Para obtermos ajuda, precisamos relatar o sofrimento e a angústia que está nos fazendo sofrer. É preciso falar, clamar, tal qual o cego Bartimeu que mesmo em meio a tantas repreensões para que se calasse, clamava cada vez mais forte para que Jesus o visse e o curasse. “Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim!” Mc 11-47. E Jesus o curou.
A minha oração, é que não sejamos como Cleopas e Maria, e sim como Bartimeu que creu e não desistiu até alcançar o seu milagre.
Honra e glória somente a ti, Senhor!
Soli Deo Gloria!









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