O carnaval de 2015 está chegando ao fim e já vai tarde. Segundo
alguns dicionários, carnaval significa: Período de festas profanas de
origem medieval, compreendido entre o dia de Reis e a quarta feira de cinzas,
período que compreende os três dias que precedem a Quaresma, durante o qual,
com o afrouxamento das normas morais, se dá o irromper de recalques, por meio
de danças, cantos, trejeitos, indumentária diversa da habitual etc. Folguedo,
orgia. Eu acrescentaria, carnaval é atraso de vida.
E o que vem a ser orgia? Mais uma vez o dicionário vem em nosso socorro.
Orgia quer dizer: Bacanal, festa de prazeres licenciosos, (prazeres
desregrados, sem freio, que excede os limites do lícito, devasso, libertino),
desordem, anarquia, tumulto, excesso, desperdício. Com tantas palavras
negativas, chegamos à conclusão de que tudo isso não é de Deus, e nem vem
d’Ele. Tem tudo a ver com a criatura e não com o Criador.
Hoje, podemos ver no Brasil em diversos locais, onde ele é muito
comemorado, grupos que cobram importâncias exorbitantes para que o homem possa
participar das quatro noites de libertinagem, devassidão, de prazeres ilícitos,
desregrados, totalmente sem freio. Isso porque no ano anterior ele, o homem,
esteve recalcado, estressado, “sofrido”, e passou por “momentos difíceis.” Aí
chega o carnaval, e com isso, é possível exceder todos os limites onde houve
freios o ano todo, “porque no carnaval todas as normas morais são afrouxadas e
eu posso colocar para fora tudo o que esteve reprimido dentro de mim”. Há que
ter muito dinheiro para gastar em nome desse tal “afrouxamento”.
O ser humano nunca tem dinheiro para ajudar alguém, mas para comprar um
abadá, (roupa própria dos trios elétricos para o carnaval) o dinheiro aparece,
nem que ele tenha que passar fome o ano inteiro.
O que vemos são pobres de “marré de si”, empobrecendo cada vez mais
financeiramente e espiritualmente, e enriquecendo quem já está muito rico, como
é o caso dos trios elétricos que animam o carnaval em nosso Brasil. Com essa
quantia muitas pessoas poderiam ser vestidas e alimentadas. Remédios poderiam
ser comprados para ajudar o doente.
Os valores estão totalmente trocados em nossa sociedade. Sem falar
daqueles que sabem que o carnaval não é de Deus, e mesmo assim vão em busca de
divertimento profano. Sabemos que o pecado pode ser cometido todos os dias,
porém o carnaval é propício para o pecado. É a época em que os acidentes de
trânsito, devido ao excesso de bebidas alcoólicas, se multiplicam.
Fomos criados por Deus e, é normal que queiramos nos aproximar d’Ele.
Porque não procuramos por aquele que nos criou, ao invés de tentarmos preencher
nosso vazio existencial através de prazeres efêmeros que não procedem de Deus? Depois
que tudo termina, vemos que o feriado acabou, corremos todo o tipo de risco,
gastamos o dinheiro que não tínhamos e que poderia ter sido usado em algo útil,
e o pior percebemos que continuamos totalmente frustrados, pois o efeito
“adrenalina” do carnaval é passageiro, e novamente observamos que ainda estamos
angustiados, só que agora mais pobres e muito mais pecadores.
Percebemos que continuamos sem o total preenchimento que fomos buscar
durante os quatro dias de folia. Só Jesus pode nos preencher. Para que possamos
ser cheios de Deus, devemos estar em consonância com Ele todos os dias do ano,
inclusive no carnaval, pois não existe nenhuma cinza milagrosa que colocada
sobre a testa vá nos libertar de todas as coisas erradas que fizemos durante os
dias de folia. E se estivermos mais perto do Senhor, podemos ter a certeza de
que: “A Sua bondade e a sua misericórdia nos acompanhará todos os dias
de nossas vidas. E, viveremos na presença do Senhor para sempre!” Sl
23-6.
Que possamos honrar a quem é digno de honra. E o único digno de honra é
Deus, Aquele que existe em três pessoas distintas, o Pai, o Filho e o Espírito
Santo.
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