O judaísmo dos tempos de Jesus afastava as mulheres
da esfera pública para proteger a moralidade. A mulher ficava trancada em casa
e quando saia às ruas deveria cobrir o rosto com os cabelos como se este fosse
um véu.
Jesus ao longo de seu curto ministério se
encontrou diversas vezes com as mulheres, mostrando estar ciente de que veio a
este mundo para ajudar a todos. Não
excluiu as mulheres de sua vida. Para Ele a mulher não deveria ser isolada.
Jesus falava com naturalidade com elas, a ponto de os discípulos se admirarem.
Provavelmente o fato de Jesus se entrosar tão bem com as mulheres, tenha
chamado muito a atenção perante os magistrados do Sinédrio, tendo como
conseqüência um peso muito grande em seu processo de acusação.
Jesus estava indo contra a tradição
judaica, que isolava e segregava as mulheres a um papel de escrava. Para Jesus
a mulher se inseria no Reino e, não estava fora de nada como os judeus queriam.
Nesse tempo, a mulher possuía sob todos
os aspectos, menor valor do que o homem, incluindo o status religioso, onde se
equiparava aos escravos, porque como os escravos, ela “não era dona de seu
tempo”. O apóstolo Paulo apesar de judeu
de nascimento e profundo conhecedor das leis judaicas, escreveu ao povo da
Galácia: “Não há judeu nem grego, escravo
ou livre, homem ou mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.” Gl 3-28. Paulo sabia que a união
com Cristo transcende todas as diferenças raciais, culturais, políticas e
sociais e disso tudo a mulher também fazia parte.
Jesus não deixou que apedrejassem a
mulher adúltera, curou a mulher do fluxo de sangue e ajudou a tantas outras.
Certa vez o Senhor Jesus pediu água a uma
samaritana. Os samaritanos faziam parte
de um povo mestiço odiado. Ela era conhecida por estar vivendo em pecado,
estava em um lugar público e acima de tudo era mulher. Nenhum judeu respeitável
conversaria com uma mulher em tais circunstâncias. Mas, Jesus o fez. “Disse-lhe, pois, a mulher samaritana: Como,
sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana?” Jo 4-9.
Jesus realmente transcendia a tudo. Ele
veio para tornar pública as Boas Novas do Reino e o fez a todos, independente
de leis, etnias, posição social e cultural. Jesus tinha muito apreço, amor e
carinho por todas as mulheres, e por isso algumas delas ajudaram a sustentar a
Ele e a seus discípulos financeiramente com seus bens e os acompanharam em suas
caminhadas pelos povoados. “Joana, esposa
de Cuza, administrador da casa de Herodes; Susana e muitas outras. Essas
mulheres cooperavam no sustento deles com seus bens.” Lc 8-3.
As mulheres foram muito importantes no
ministério de Jesus e por serem reconhecidas, e valorizadas participaram
ativamente ajudando-o e a seus discípulos a que a Palavra do Mestre se
multiplicasse e pudesse chegar a todos. E nós o que temos feito para ajudar na
divulgação das Boas Novas do Reino? E o que temos feito por nossa família?
Jesus tem um carinho especial por nós, mulheres. Ele as tratou com respeito e
carinho em todos os momentos em que por aqui esteve. Ele deseja que todas as
mulheres sejam sal da terra e luz do mundo. Façamos a diferença!
Honra e glória somente a ti, Senhor!
Um comentário:
Belo texto. Certo dia vi um que se dizia ateu, falando mal de Jesus, dizendo que O Mestre não valorizava as mulheres...eu pensei: Em que fonte esse homem bebeu? O Jesus que creio sempre amou e respeitou as mulheres como criadas por Deus, assim como o homem. Deu muitas provas disso.
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